Frank sempre se orgulhou de suas artimanhas para conseguir coisas de graça, mas o karma o alcançou da maneira mais pública em um restaurante de alto padrão. O que começou como uma refeição típica se transformou em um espetáculo humilhante que finalmente lhe ensinou uma lição que ele nunca esperou.
Meu sogro, Frank, tem o hábito de enganar para passar pela vida. Já o vi fazer malabarismos para conseguir refeições e serviços gratuitos inúmeras vezes, mas nunca pensei que testemunharia o dia em que um de seus truques voltaria contra ele de forma tão espetacular, deixando-o desesperado por uma saída.
Conheci Frank há cerca de nove anos, quando comecei a namorar Ethan. Fui apresentada a ele durante um jantar em um restaurante, e foi a primeira vez que vi Frank em ação. A refeição começou como qualquer outra: pedi um prato de massa, Ethan pediu um sanduíche e Frank optou por frango ao molho de gergelim com arroz.
Ele deu uma garfada e disse: “Este frango está delicioso!” Ethan e eu assentimos, achando que ele estava apenas desfrutando da refeição. Mas, momentos depois, o tom de Frank mudou drasticamente.
“Olha isso,” Frank sussurrou para nós com um sorriso travesso. Então, chamou o garçom e reclamou em voz alta: “Este frango está horrível—sem sabor, mal cozido e insípido!”
O garçom, claramente em pânico, se desculpou e ofereceu-se para substituir o prato imediatamente. Enquanto o garçom se afastava com o prato meio comido, Frank sorriu satisfeito, orgulhoso de sua artimanha para conseguir mais comida de graça.
Eu fiquei lá, atônita. Não era como se Frank estivesse sem dinheiro—ele apenas gostava de tirar proveito da situação. Não disse nada naquela noite, mas questionei Ethan mais tarde. “Por que seu pai faz isso?”
Ethan suspirou. “Ele sempre foi assim. Tentamos dizer a ele que isso é errado, mas ele nunca escuta. Ele acha engraçado.”
Com o tempo, aprendi que essa era apenas a forma como Frank operava. Seja em restaurantes, hotéis ou em qualquer outro lugar, ele estava sempre procurando uma maneira de enganar o sistema. Mas nunca imaginei que sua sorte acabaria de forma tão espetacular.
Isso aconteceu no último fim de semana. Frank ligou para Ethan e nos convidou para jantar em um novo restaurante sofisticado. “Ouvi dizer que a comida é cara, mas quero ver se vale a pena,” disse Frank. Ethan e eu concordamos, pensando que seria apenas mais uma refeição comum.
Quando chegamos, não pude deixar de notar os preços. “Uau, este lugar é caro,” eu disse, olhando o cardápio. Ethan e eu optamos por pratos de massa simples, mas Frank—fiel ao seu estilo—pediu o item mais caro do cardápio: lagosta.
Nossas refeições chegaram e começamos a comer. No meio do jantar, vi Frank encarando sua lagosta, com um olhar de cálculo nos olhos. Então, para meu horror, ele se inclinou, puxou um cabelo da minha cabeça e colocou em seu prato.
“Frank, o que você está fazendo?” sussurrei, mas antes que eu pudesse detê-lo, ele chamou o garçom e reclamou em voz alta: “Tem um cabelo na minha comida! Isso é inaceitável!”
O garçom parecia horrorizado e imediatamente se desculpou, prometendo falar com o gerente. Enquanto eu sentava lá, mortificada, Ethan lançou um olhar raivoso para o pai, claramente cansado de suas travessuras.
Momentos depois, o gerente chegou, cheio de desculpas—pelo menos no começo. Mas, quando o garçom sussurrou algo em seu ouvido, a atitude do gerente mudou. Ele olhou Frank diretamente nos olhos e disse: “Senhor, vou ter que pedir que o senhor saia.”
Frank ficou surpreso. “Sair? Eu encontrei um cabelo na minha comida, e você está me expulsando?” ele gritou, fazendo as cabeças se virarem no restaurante.
O gerente permaneceu calmo. “Senhor, um dos nossos funcionários o reconheceu de outro restaurante onde você fez a mesma coisa. Levamos a segurança alimentar a sério e não toleramos tentativas de enganar. Se você não sair, teremos que envolver as autoridades.”
O rosto de Frank ficou vermelho como um pimentão enquanto sussurros e risadinhas se espalhavam pelo restaurante. As pessoas estavam assistindo, algumas até rindo, e pela primeira vez, Frank não teve uma resposta inteligente.
Enquanto ele se levantava para sair, o gerente acrescentou: “Nós também estaremos compartilhando sua foto com outros restaurantes de alto padrão da área. Você não será bem-vindo em nenhum deles.”
A cor do rosto de Frank desapareceu. Humilhado e derrotado, ele pegou seu casaco e saiu sem dizer mais uma palavra. Ethan e eu ficamos para trás, atônitos em silêncio. À medida que a vergonha se dissipava, não consegui evitar rir da absurda situação.
“Eu nunca pensei que veria esse dia,” eu disse, balançando a cabeça em descrença. “Frank finalmente recebeu o que merecia.”
Ethan riu. “Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que enganar não compensa.”
Naquela noite, percebi que às vezes o karma está apenas esperando o momento perfeito para agir. E para Frank, isso aconteceu quando ele menos esperava—bem no meio de um jantar caro de lagosta.