Meu marido me deixou por seu chefe enquanto eu estava grávida—então ela me ofereceu uma casa em troca de um dos meus bebês

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**Com sete meses de gravidez de gêmeos, a chefe do meu marido me mandou uma foto do Eric na cama dela. Horas depois, eles me traíram da pior forma — ele estava me deixando por ela, e ela queria um dos meus bebês em troca de moradia. Mal sabiam eles o que eu tinha planejado.**

Eu estava grávida de gêmeos quando minha vida desmoronou.

Estava dobrando pequenos macacões, sonhando acordada com nomes de bebês, quando meu celular vibrou.

Meu coração disparou ao ver que era uma mensagem da chefe do meu marido, Veronica. Imediatamente pensei que algo ruim havia acontecido com Eric no trabalho, mas a verdade era muito pior.

Abri a mensagem esperando notícias de um acidente, mas encontrei uma foto do Eric, deitado numa cama estranha, sem camisa. Sorrindo para a câmera.

Se ainda restava alguma dúvida sobre o que aquilo significava, a legenda deixou tudo claro:
**»É hora de você saber. Ele é meu.»**

Minhas mãos ficaram geladas. Os bebês se mexeram dentro de mim, como se sentissem meu desespero. Eric estava me traindo com a chefe dele.

Liguei para o Eric na hora, mas foi direto para a caixa postal. Continuei tentando, mas nenhuma das ligações completava.

Àquela altura, os gêmeos pareciam estar revezando, usando minha bexiga como trampolim. Sentei lentamente no sofá e coloquei a mão na barriga.

— Calminha, bebês — murmurei. — A mamãe vai cuidar de vocês, sempre. E não importa o que aconteça agora, eu sei que o papai… o Eric não vai abandonar vocês, mesmo que tenha traído a mim.

Eu jamais poderia imaginar o quanto estava errada.

Quando Eric chegou em casa naquela noite, ele não estava sozinho.

Veronica entrou como se fosse dona do lugar. Alta, confiante, vestida com roupas que provavelmente custavam mais do que o nosso aluguel. O tipo de mulher que impõe presença só por respirar.

— Eric… o que é isso? — perguntei, parada na sala, encarando os dois, tentando ser forte mesmo sem me sentir assim.

Eric suspirou.
— É simples, Lauren. Estou apaixonado pela Veronica, então vou te deixar. Vamos ser adultos e não fazer cena, tá?

As palavras me atingiram como socos. Cada uma acertou exatamente onde mais doía.

— Você só pode estar brincando — sussurrei. — Vamos ter bebês em dois meses.

— Acontece — ele disse com um dar de ombros. **Um dar de ombros!** Como se estivesse falando de mudar o cardápio do jantar, não de abandonar a esposa grávida.

Então Veronica cruzou os braços, suas unhas perfeitamente feitas batendo no blazer de grife.

— E como este apartamento é do Eric, você precisa sair até o fim da semana.

Vi tudo vermelho.
— Vocês dois enlouqueceram? Não tenho para onde ir! Estou carregando OS FILHOS DELE!

— Gêmeos, né? — Ela inclinou a cabeça, estudando minha barriga com frieza. — Ou são trigêmeos? Você está tão… inchada. Acho que posso te oferecer uma solução.

Seus lábios se curvaram num sorriso que, imagino, ela achava simpático.

— Eu vou alugar uma casa pra você e pagar todas as despesas, mas quero um dos seus bebês.

Meu sangue gelou.
— O quê?!

— Quero ter um filho, mas não vou fazer isso com o meu corpo — ela girou um dedo na direção da minha barriga. — Você nunca vai conseguir criar dois sozinha, então é uma situação ganha-ganha.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Aquela mulher falava como se estivesse adotando um cachorro!

— Eu vou criar a criança como minha. Terá as melhores babás, vai estudar nas melhores escolas… — ela acariciou o peito do Eric, que se inclinou em sua direção — e você ganha um teto. É um acordo justo.

Eric concordava enquanto ela falava, como se trocar um dos nossos filhos fosse razoável.

Eu mal conseguia respirar. Como ousavam transformar meus bebês em moeda de troca? Eu queria expulsá-los na hora, mas estava encurralada. Não tinha família nem amigos próximos a quem recorrer.

Mas então um plano se formou na minha mente.

— Não tenho outro lugar pra ir — sussurrei, forçando as lágrimas. — Eu aceito o acordo, mas tenho uma condição.

Veronica sorriu com superioridade.
— Garota esperta. Qual é a condição?

— Eu quero escolher qual bebê você vai ficar. — Funguei, olhando para baixo como se estivesse envergonhada. — Só me dê um tempo com eles pra decidir qual terá uma vida melhor com você.

Ela trocou olhares com o Eric. Achavam que eu estava derrotada — eu vi nos olhos deles.

— Tudo bem — ela concordou. — Mas não demore. Assim que nascerem, pegamos o que você não quiser.

Assenti, enxugando uma lágrima falsa.
— E… mais uma coisa.

Veronica revirou os olhos.
— O que é agora?

— Você vai me **comprar** uma casa, não alugar. — Falei firme. — Preciso de segurança. Se não aceitar, saio fora e vocês nunca verão nenhum deles.

Eric bufou, mas Veronica ergueu a mão.

— Você é atrevida, mas eu aceito — disse ela. — Me poupa tempo e complicações pra encontrar outra solução. Mas cumpra sua parte do acordo.

Assenti, com a aparência da mulher quebrada e indefesa que eles achavam que eu era.

Mas por dentro? Eu estava sorrindo. Porque eles não faziam ideia do que estava por vir.

Os meses seguintes foram um jogo de paciência.

Veronica comprou uma casa de três quartos para mim, em um bairro tranquilo. Ela e Eric nem viram a casa nem conheceram a corretora até o dia de assinar os papéis.

Respirei aliviada ao sair do cartório naquele dia. Primeira etapa concluída, e eles ainda sem perceber nada.

Atualizava-os sobre os exames, deixava Veronica tocar minha barriga quando ela visitava, toda animada com o “bebê dela”. Dizia que estava sofrendo pra escolher qual deles ficaria.

Tudo isso era teatro — enquanto eu preparava o golpe final.

Entrei em trabalho de parto numa terça à noite. Mandei mensagem para Veronica antes de ir ao hospital, mas avisei as enfermeiras que não queria ela nem o Eric na sala de parto.

Ouvi reclamações do lado de fora, mas as contrações estavam fortes demais para eu entender o que diziam.

Seis horas depois, minhas bebês nasceram. Duas meninas perfeitas, com mechas de cabelo escuro e pulmões potentes.

A enfermeira sorriu.
— Quer que eu avise seu marido e sua… amiga?

— Diga que as meninas estão bem, mas que preciso de três dias — falei, segurando minhas filhas.

A enfermeira estranhou, mas assentiu.

Dei nomes às meninas: **Lily e Emma**. Memorizei seus rostinhos, choros e o toque de seus dedinhos segurando os meus.

E finalizei meu plano.

Fui pra casa com os bebês no segundo dia. No terceiro, liguei para Veronica.

— Estou pronta pra conversar.

Ela e Eric apareceram em menos de uma hora. Veronica praticamente tremia de empolgação, Eric atrás dela como um fantasma.

— Então — ela disse, entrando na minha casa — qual é o meu?

Respirei fundo, com uma bebê em cada braço.
— Nenhuma.

O sorriso dela congelou.
— Como é?

Levantei-me lentamente. Meu corpo doía, mas minha voz estava firme.

— Não vou te dar meu filho, Veronica. Nenhuma delas.

Eric gemeu.
— Ah, não começa com esse drama—

— Vocês achavam que podiam comprar um bebê meu? Como se eu fosse uma idiota desesperada? Surpresa: não sou.

— Então vou te expulsar dessa casa — rosnou Veronica. — Pode morar na rua por mim!

Sorri.
— Você não pode fazer isso. A casa está no meu nome.

O rosto de Veronica empalideceu.
— O quê? Não, impossível! Eric, diga alguma coisa!

Eric parecia igualmente confuso.
— A gente assinou os papéis juntos!

— Sim. E os dois assinaram passando tudo pra mim. Vocês estavam tão ocupados se gabando que nem perceberam. Meu nome é o único na escritura.

Veronica deu um passo pra trás, como se tivesse levado um tapa.

— Sua… manipuladora desgraçada—

— Ah, e mais uma coisa — acrescentei, balançando Lily nos braços — contei pra algumas pessoas que o Eric traiu a esposa grávida e que vocês tentaram comprar o filho dele.

Apontei para meu celular na mesa de centro.

— Sinta-se à vontade pra olhar nas redes sociais. Postei tudo ontem à noite. As mensagens. As fotos. O acordo nojento. Está tudo lá. Marquei sua empresa também, Veronica, e os investidores. Até os conselhos de caridade dos quais você participa.

Veronica se lançou em direção ao meu celular. O rosto dela passou de pálido a cinza conforme ela lia.

— Como pode ver, eles acharam o comportamento de vocês muito… interessante.

Veronica gritou. Um som de pura raiva e desespero.

Eric arrancou o celular da mão dela, com o rosto branco como papel.
— Você… você arruinou a gente!

— Não. *Vocês* se arruinaram.

Eric perdeu o emprego. Tentar vender seu filho não caiu bem com a imagem de “valores familiares” da empresa. Veronica não só foi demitida como virou notícia de capa — pelas piores razões — e foi cancelada pelos círculos sociais e empresariais.

E eu? Eu ninava minhas meninas todas as noites, naquela casa linda, tranquila e cheia de amor. Com a certeza de que não só me vinguei.

Eu venci.

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