Depois de voltar para casa de um mês de férias, uma mulher acorda na manhã seguinte para descobrir um estranho dormindo em seu sofá

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Megan tinha trinta e quatro anos, nunca tinha se casado, não tinha filhos e trabalhava em um emprego exigente como produtora. Ela estava cansada de ouvir perguntas sobre sua vida pessoal de sua mãe, mas, no fundo, sabia que sua mãe estava certa—era hora de mudar algo. Mal sabia ela que a mudança a encontraria primeiro.

Era tarde, e Megan estava dirigindo para casa depois de um mês longo e exaustivo, que deveria ter sido de férias.

Suas mãos seguravam firmemente o volante enquanto conversava ao telefone com sua mãe, Dina. A estrada à frente estava tranquila, com apenas o brilho fraco dos faróis do carro cortando a escuridão.

Apesar da paz lá fora, Megan se sentia tudo menos relaxada.

«Megan, eu não entendo como você pode sair de férias e ainda trabalhar o tempo todo!» A voz de sua mãe ecoava pelo viva-voz do carro. A preocupação no tom de Dina era inconfundível.

«Você está sempre no telefone, sempre ocupada. Você tem 34 anos, querida. Quando vai começar a focar em si mesma, na sua vida pessoal?»

Megan revirou os olhos, embora soubesse que sua mãe não podia vê-la. Um toque de frustração surgiu em sua voz.

«Mãe, eu não tive muita escolha. As coisas nunca saem como planejado no trabalho, e como produtora, minha atenção é constantemente necessária. Você sabe disso.»

Dina, persistente como sempre, não estava pronta para deixar a conversa de lado.

«Mas quando vou ver netos? Você está muito focada na sua carreira, e estou preocupada que nunca vá se estabelecer. Você não quer uma família algum dia?»

Megan suspirou, segurando o volante um pouco mais forte enquanto tentava manter a calma. Ela amava sua mãe, mas essa conversa estava se tornando muito familiar.

«Mãe, realmente não posso falar sobre isso agora», disse, fingindo um chiado na voz. «O sinal está ruim. Eu te ligo amanhã, tá?»

Antes que Dina pudesse continuar, Megan rapidamente encerrou a ligação, simulando ruídos estáticos para fazer parecer que a conexão tinha falhado.

Ela olhou para o telefone e soltou um suspiro que nem tinha percebido que estava prendendo.

Ao estacionar na entrada de sua casa, Megan ficou parada no carro, encarando sua casa por um momento.

Ela se sentia exausta, tanto pela conversa com a mãe quanto pelas últimas semanas.

O que deveria ter sido umas férias relaxantes tinha se transformado em mais uma viagem de trabalho, com seu telefone constantemente tocando com problemas do trabalho.

Durante todo o mês, ela não conseguiu se desconectar totalmente. Ela nem sabia mais o que significava «descansar».

Depois de pegar suas malas no porta-malas, Megan entrou na casa fracamente iluminada, cansada demais para se incomodar em acender todas as luzes.

Ela colocou as malas perto da porta e pausou por um momento. Algo parecia estranho. Olhando em volta, notou que uma das janelas no primeiro andar estava ligeiramente aberta.

Intrigada, tentou lembrar se tinha deixado assim antes de sair para a viagem. Deu de ombros, presumindo que simplesmente tinha esquecido de fechá-la. Afinal, tinha sido um mês agitado.

Megan fechou a janela, apagou a última luz no primeiro andar e subiu as escadas.

Ela mal tinha energia para trocar de roupa. Tirou os sapatos sem sequer verificar se tudo estava em ordem.

Sem pensar muito, colapsou na cama, deixando sua cabeça afundar no travesseiro.

O conforto familiar de sua cama foi um alívio, e em poucos momentos, Megan já estava dormindo profundamente, sua mente deixando de lado o caos do dia.

Mal sabia ela que o dia seguinte traria uma surpresa inesperada—algo que ela nunca poderia ter previsto.

Na manhã seguinte, Megan foi acordada pelo zumbido do telefone. Meio adormecida, ela gemeu ao atender, reconhecendo a voz entusiasmada de sua assistente, Lisa.

A tagarelice aguda de Lisa encheu seus ouvidos, listando uma longa série de reuniões e tarefas para o dia em uma velocidade que fez a cabeça de Megan girar.

«Lisa, por favor… diminua o ritmo», murmurou Megan, tentando se concentrar enquanto saía da cama. Ela segurava o telefone entre o ouvido e o ombro enquanto se vestia, escovava os dentes preguiçosamente e ligava a cafeteira.

O calor do café mal tinha atingido seu sistema quando algo a fez parar no meio do gole—roncos altos vindos da sala de estar.

Seu corpo ficou tenso enquanto seu cérebro tentava processar o que estava ouvindo. Quem está na minha casa?

«Lisa, eu vou ter que te ligar depois», disse abruptamente, desligando o telefone antes que Lisa pudesse responder. Com o coração acelerado, Megan caminhou cautelosamente em direção à sala de estar, cada passo parecia mais pesado que o anterior.

Espiando para dentro, ela não podia acreditar no que via. Um homem—totalmente vestido, ainda com botas—estava esparramado no sofá, roncando alto.

Pegadas sujas iam da janela que ela havia fechado na noite anterior até onde o homem agora estava deitado. A mente de Megan se encheu de perguntas. Quem é esse cara? Como ele entrou aqui?

Seus olhos se estreitaram, e sem pensar duas vezes, ela correu para a cozinha, pegando a arma mais próxima que encontrou: uma vassoura.

Ela voltou para a sala e cutucou o homem com o cabo.

Ele se mexeu, sonolento e confuso, piscando enquanto esfregava os olhos.

«Quem é você?» Megan perguntou, tentando manter a voz firme, apesar do pânico que subia em seu peito.

O homem, ainda meio adormecido, se sentou lentamente. «Ah… eu sou o George», murmurou, as palavras saindo arrastadas. «Como eu cheguei aqui?»

«Eu ia te perguntar a mesma coisa!» Megan retrucou, frustração misturada com confusão. «Por que você está no meu sofá?»

George piscou, claramente desorientado, enquanto olhava ao redor. «Eu não me lembro muito… eu estava com alguns amigos, e depois… nada. Acho que bebi demais.»

Megan sentiu o cheiro no ar e imediatamente reconheceu o odor de álcool. Não demorou muito para entender o que havia acontecido—George tinha ficado bêbado e de alguma forma acabou em sua casa.

Sua raiva começou a diminuir, substituída por uma mistura de descrença e simpatia relutante.

«Bem, você tem sorte que eu não chamei a polícia», ela disse, colocando a vassoura de lado. «Tome isso.»

Ela lhe entregou um frasco de aspirina e observou enquanto ele, agradecido, engolia alguns comprimidos.

«Eu preciso sair para trabalhar, mas desta vez, certifique-se de usar a porta quando sair. Não a janela.»

George, ainda parecendo envergonhado, assentiu. «Obrigado… e sinto muito mesmo.»

Megan suspirou. «Só… não faça disso um hábito.» Com isso, ela pegou suas coisas e saiu pela porta, deixando George para processar sua própria bagunça.

Nessa noite, Megan voltou para casa depois de um longo e exaustivo dia de trabalho. Seus olhos estavam pesados, seu corpo dolorido de passar horas em reuniões e olhando para telas. Seu estômago roncava em protesto, lembrando-a de que não tinha comido nada substancial o dia todo.

Não tinha tido um único momento livre para parar e comprar mantimentos, e ela suspirou ao pensar em voltar para casa com a geladeira vazia.

Quando Megan entrou em casa, ela congelou. O cheiro familiar de sua sala fracamente iluminada foi substituído por algo inesperado—o suave brilho de velas tremulava pela sala, criando uma luz quente e acolhedora.

A mesa de jantar, que ela tinha deixado vazia naquela manhã, agora estava posta com pratos, talheres e uma variedade de pratos cheirosos.

No centro de tudo estava George, parecendo um pouco desajeitado e envergonhado, mas também determinado. Ele coçou a nuca nervosamente ao ver a expressão dela.

«O que é isso?» Megan perguntou, a voz misturando choque e confusão.

George se mexeu de um pé para o outro.

«Eu… eu me senti muito mal pelo que aconteceu esta manhã», explicou ele, a voz suave. «Então, limpei a bagunça que fiz, e queria cozinhar o jantar para você. Sabe, para compensar.»

Megan piscou, ainda processando a cena diante dela. Ela esperava voltar para casa, desabar no sofá e descobrir como lidar com sua fome.

Em vez disso, encontrou isso—um estranho que havia desmaiado em seu sofá naquela manhã, agora em sua sala de estar com uma refeição inteira preparada.

«Você não precisava fazer isso», disse ela, ainda um pouco incrédula.

«Eu sei», respondeu George, «mas eu queria. É o mínimo que eu podia fazer depois de… bem, tudo.» Ele ofereceu um pequeno sorriso apologético.

George começou a pegar suas coisas, pronto para sair e dar-lhe espaço, mas Megan o parou.

«Espere», disse suavemente, não querendo que ele fosse embora tão rápido.

«Você já passou por todo esse trabalho para fazer um jantar tão agradável. Fique e coma comigo. Eu não consigo comer tudo isso so

zinha, de qualquer maneira.»

George hesitou, sua incerteza clara.

«Tem certeza? Eu não queria incomodar.»

Megan sorriu calorosamente, sua exaustão do dia desaparecendo um pouco. «Sim, tenho certeza. Além disso, seria bom ter companhia.»

Os dois se sentaram à mesa, e à medida que o aroma da comida quente preenchia o ar, Megan não pôde deixar de sentir uma surpreendente sensação de calma.

O dia agitado parecia escapar, substituído por uma noite de conforto inesperado.

Eles se sentaram à mesa, o suave brilho das velas criando uma atmosfera tranquila. Enquanto começavam a comer, a tensão anterior parecia derreter a cada mordida.

George, agora mais à vontade, começou a contar a Megan sobre sua noite maluca com amigos. Ele riu enquanto explicava como muita diversão e um pouco demais de bebida o levaram até o sofá dela, de todos os lugares.

«Eu honestamente nem percebi que não estava em casa até acordar esta manhã», George riu, balançando a cabeça.

«E quando te vi parada ali com uma vassoura, achei que estava em apuros de verdade.»

Megan não pôde deixar de rir também, sua frustração anterior desaparecendo com cada palavra.

O estresse que ela carregava ao chegar em casa após um longo dia de trabalho parecia desaparecer, substituído pela simples alegria de compartilhar uma refeição e uma conversa com alguém que a fazia rir. Parecia uma pausa na rotina, como uma lufada de ar fresco.

Pela primeira vez em muito tempo, Megan se sentiu completamente relaxada. George era fácil de conversar, e a conversa fluía naturalmente. Eles riram, trocaram histórias e desfrutaram da comida que ele tinha preparado com tanto cuidado.

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