Encontrei um documento no lixo-meu marido e MIL fizeram um grande negócio pelas minhas costas enquanto eu lutava contra uma doença com risco de vida

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Quando Maria escuta uma conversa secreta entre seu marido e sua sogra, ela descobre um documento rasgado no lixo que a leva a uma revelação inesperada. Lutando contra o câncer, Maria teme uma traição, mas, em vez disso, encontra algo que a ajuda a lutar pela recuperação… Eles acharam que eu não estava em casa.

“Maria não pode suspeitar de nada! Tenha cuidado, meu amor,” sussurrou minha sogra para meu marido, com a voz baixa e conspiratória.

Eu congelei no corredor, segurando a alça da minha bolsa. Eu havia chegado mais cedo do que o esperado de uma consulta médica, entrando pela porta dos fundos para evitar o cachorro barulhento do vizinho.

Mas agora, ali parada no silêncio, a conversa sussurrada deles me deixou com uma sensação estranha subindo pela minha espinha.

“O que eles estão escondendo de mim?” pensei, com a mente acelerada.

Não era como se eu não tivesse o suficiente para me preocupar. Eu estava lutando contra o câncer há seis meses, passando por sessões de quimioterapia que me deixavam exausta, enjoada e constantemente com medo.

Toda vez que ia para a cama, me perguntava se acordaria para ver o sorriso do meu filho. A ideia de que Jeff, meu marido, e Elaine, minha sogra, estavam escondendo segredos de mim parecia uma traição.

Por um breve momento, considerei entrar e exigir respostas. Mas não fiz isso.

Em vez disso, coloquei um sorriso no rosto, entrei na sala como se não tivesse ouvido nada e os cumprimentei como se nada estivesse errado.

“Oi,” disse.

Jeff sorriu para mim, com os olhos quentes, mas havia tensão em seus ombros. Elaine olhou para cima, do quebra-cabeça de palavras cruzadas que sempre fingia fazer quando queria evitar o contato visual.

“Oi, querida, como foi?” perguntou Jeff.

Eu dei de ombros, passando por eles.

“Bem,” respondi. “O de sempre. Na verdade, estou com fome dessa vez, então vou fazer uma sopa enquanto ainda tenho apetite.”

Não estava bem. Nada estava bem.

Algo estava acontecendo.

Mais tarde, naquela tarde, enquanto eu tirava o lixo, vi. Um pedaço de papel rasgado saía do saco. Eu não teria dado uma segunda olhada, mas o cabeçalho em negrito chamou minha atenção:

CONTRATO DE COMPRA DE IMÓVEL

A curiosidade queimava em mim. Peguei os pedaços do saco e os juntei como um quebra-cabeça.

Havia um endereço, a cerca de dez quilômetros de distância, e uma data. Amanhã.

Meu estômago se revirou. O que aconteceria amanhã?

“Que tipo de propriedade é essa? E por que não me contaram sobre isso?” murmurei para mim mesma.

Esperei até que Jeff entrasse na cozinha.

“O que é isso?” perguntei, segurando os pedaços de papel.

O rosto dele escureceu.

“Por que você está fuçando no lixo, Maria? Não acho uma boa ideia com o seu sistema imunológico. Você tem ficado tão desconfiada ultimamente…”

Desconfiada? Foi essa a palavra que ele usou, sério?

Ele estava desviando. Eu não tinha forças para discutir, mas não ia deixar passar.

Na manhã seguinte, entrei no carro e dirigi até o endereço. Eu não estava me sentindo bem, mas atribuía isso aos remédios que o médico me receitou.

Minhas mãos tremiam no volante, a mente acelerada.

O que eles estavam planejando comprar? E por que não me contaram?

Isso seria um plano B caso a quimioterapia não funcionasse? Um novo apartamento para Jeff e nosso filho começarem de novo sem mim?

Ou pior… isso era algo mais sombrio? Será que Jeff já tinha encontrado outra pessoa? Jaden já sabia sobre essa nova pessoa? E Elaine estava ajudando a montar um ninho de amor para o caso de Jeff?

Quando cheguei ao endereço, meu peito apertou.

Estacionei e saí do carro, olhando para o prédio à minha frente. Não era o que eu esperava.

Nada disso.

Era um imóvel comercial no primeiro andar de um prédio de dois andares e charmoso. Trabalhadores estavam dando os retoques finais em uma placa acima da porta:

ABERTURA EM BREVE: PADARIA. O SONHO DE MARIA.

Pisquei lentamente.

O quê?

Pressionei as mãos contra a janela, olhando para dentro. O espaço estava deslumbrante. Paredes recém-pintadas, um balcão novinho em folha e prateleiras pintadas no mesmo tom de azul suave que eu havia dito que queria para uma padaria.

Havia até uma máquina de café expresso de cobre brilhante no balcão, exatamente como aquela que mostrei para Jeff em uma revista anos atrás.

Era como se alguém tivesse pegado meu sonho de infância e o tivesse tornado realidade.

Quando cheguei em casa, não consegui mais segurar.

“Jeff, querido,” disse, com a voz tremendo. “Eu sei sobre a padaria. Por que você não me contou?”

Os olhos dele se arregalaram.

“O quê? Mari! Você viu?”

“Sim, eu fui até o endereço. Por que estava escondendo isso? Por que meu nome está na placa?”

O rosto de Jeff suavizou, e ele se aproximou, pegando minhas mãos nas dele.

“Maria, era para ser uma surpresa. Amanhã, a mamãe e eu íamos te levar para a reunião de vendas e colocar seu nome nos documentos de posse. É a sua padaria. Tudo. Sua.”

“O quê?” Eu gasp.

“Foi ideia da mamãe, amor,” disse ele, com a voz embargada. “Ela sabe o quanto você tem passado, o quanto isso tem sido difícil. E ela se lembrou de como você sempre falava sobre querer uma padaria como a dos seus avós. Ela usou suas economias para fazer isso acontecer, o dinheiro da aposentadoria e o que o papai deixou para ela. Eu contribui onde pude.”

Lágrimas começaram a descer pelo meu rosto.

“Jeff… eu pensei… eu pensei que você estava planejando seguir em frente sem mim. Ou que você…”

Ele me puxou para seus braços antes que eu pudesse terminar o pensamento.

“Maria, meu amor, nunca pense isso. Nós te amamos. Jaden e eu pensamos o mundo de você. Mamãe e eu só queríamos te dar algo pelo que olhar para o futuro. Um futuro para segurar.”

Um mês depois, no dia da inauguração, uma fila se estendia pela rua.

Pessoas do bairro haviam ouvido falar da padaria e da minha história. Ouviram sobre Jeff e Elaine, e como eles trabalharam em segredo para tornar o meu sonho realidade enquanto eu lutava pela minha saúde.

Jeff havia compartilhado a história com um repórter local, e a cobertura deles trouxe dezenas de clientes curiosos e bondosos.

O cheiro das receitas dos meus avós enchia o ar. Havia tortas de maçã, pães de canela e croissants amanteigados. Elaine atendia no balcão como se tivesse feito isso a vida inteira, e Jeff corria de um lado para o outro repondo xícaras de café e entregando doces.

Eu não conseguia parar de sorrir.

“Notícia ruim! Mamãe, vendemos todos os muffins de mirtilo!” Jaden gritou de trás do balcão.

“Isso é um bom problema, amigo!” eu disse, rindo.

O amor que me cercava naquele dia era avassalador. Pela primeira vez em muito tempo, eu não estava pensando no câncer ou na quimioterapia. Eu não estava pensando em estar fraca de cansaço. Eu não estava pensando em como meu cabelo estava começando a crescer mais espesso e mais bonito do que nunca.

E então, as coisas ficaram ainda melhores.

A ligação que eu estava esperando chegou.

“Maria, o Dr. Higgins quer que você vá para uma consulta urgente. É sobre os seus últimos resultados de exame.”

“Eu te vejo amanhã, Nancy,” disse.

Tentando não pensar demais em nada, fui ao consultório médico, esperando que só coisas boas pudessem vir disso.

“Você superou,” disse o médico. “Maria, você está livre do câncer!”

“O quê? Sério?” eu gasp.

“Sim. Seus números melhoraram. A quimioterapia funcionou. Seu sistema imunológico já está funcionando do jeito que eu quero. E… podemos começar a tirar você dos remédios em breve.”

Eu não sabia o que fazer a seguir. Não sabia se ria ou chorava. Ou gritava. Eu estava em choque, mas ao mesmo tempo, a empolgação tomou conta de mim. Tudo estava… o mundo estava diferente.

Mais brilhante e mais bonito.

Dirigi até a padaria, desesperada para ver minha família.

O cheiro de pão fresco e pães de canela enchia o ar quando entrei na padaria. Jeff estava limpando os balcões, Elaine arrumava uma vitrine com croissants e Jaden estava empilhando guardanapos no caixa, seu rosto sério de concentração.

“A mamãe chegou!” ele gritou, o sorriso iluminando o ambiente enquanto corria em minha direção.

“Eu tenho algo para contar a todos vocês,” disse. “Podemos todos nos sentar por um momento?”

O rosto de Jeff se apertou de preocupação, e Elaine imediatamente parou o que estava fazendo.

“Querida? Está tudo bem?”

Eu assenti rapidamente.

“Sim, tudo está mais do que bem. Eu fui na consulta de acompanhamento e o médico me chamou…”

Jeff se esticou ao meu lado, sua mão apertando a minha.

“Maria…”

“Eu estou livre do câncer.”

As palavras pairaram no ar por um momento, quase grandes demais para caber na padaria. Elaine ofegou, outra mão voando até a boca, os olhos já cheios de lágrimas.

“O quê?” Jeff sussurrou, se aproximando como se não tivesse me ouvido direito.

Eu sorri, lágrimas escorrendo pelo rosto.

“A quimioterapia funcionou. Estou em remissão. Estou livre do câncer!”

Elaine soluçou suavemente ao meu lado, seu aperto na minha mão apertando enquanto sussurrava: “Obrigada, Deus. Obrigada!”

“Isso significa que você está melhor agora, mamãe?” meu filho perguntou, olhando para mim com aqueles olhos grandes e inocentes que me mantiveram lutando pelos piores dias.

“Sim, querido,” disse, abraçando-o. “Isso significa que estou melhor. Isso significa que estarei aqui. Com vocês. Com todos vocês.”

Jeff levantou a cabeça então, seus olhos vermelhos e brilhando. “Você está aqui,” murmurou, sua voz embargada. “Você está aqui, Maria.”

Eu assenti, segurando seu rosto. “Eu estou aqui.”

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