Meu marido trouxe para casa uma amante grávida e me disse para me mudar para a casa da minha mãe — minha vingança foi dura

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No começo, achei que talvez tivesse entrado na casa errada por engano.

Mas não, lá estava o nosso horrível papel de parede floral que o Mike insistia em manter, e lá estava o Mike, com a expressão de quem acabara de engolir um porco-espinho.

“Oi, Michelle”, disse ele, com a voz tão casual como se estivesse me pedindo para passar o sal. “Precisamos conversar.”

Fiquei parada, congelada, tentando processar a cena diante de mim. A mulher grávida sorriu sem jeito, com a mão na barriga, parecendo que estava fazendo teste para uma novela.

“Esta é a Jessica”, continuou Mike, gesticulando para a incubadora humana no nosso sofá. “Ela está grávida. Do meu filho. Aconteceu… e decidimos ficar juntos.”

Esperei pela piada. Certamente, isso era alguma pegadinha elaborada para um novo reality show. Talvez eu ganhasse um carro se não surtasse?

Mas o rosto de Mike continuava sério, e Jessica mantinha aquele sorriso irritante.

“Mike”, disse devagar, “o que você quer dizer com ‘simplesmente aconteceu’? Você tropeçou e caiu dentro dela—?”

Mike teve a audácia de parecer ofendido. “Chega, Michelle! Isso é sério. Acho melhor você se mudar. Pode ir ficar com sua mãe. Jess e eu vamos ficar com a casa.”

Pisquei. Uma vez. Duas. Três. Não, ainda não era um sonho.

Eu meio que esperava que o Ashton Kutcher pulasse de algum canto e me dissesse que eu tinha sido vítima do *Punk’d*. Mas, infelizmente, sem Ashton. Só meu marido traidor e sua ajudante muito grávida.

“Certo”, disse calmamente. “Vou arrumar minhas coisas e ir embora.”

Mike parecia aliviado, provavelmente achando que tinha se safado fácil. O sorriso de Jessica ficou ainda maior, como se tivesse acabado de ganhar na loteria. Mal sabiam eles que a loteria estava prestes a se vingar — e com força.

Subi as escadas, arrumei uma mala com o essencial e saí sem dizer mais nada.

Enquanto dirigia para a casa da minha mãe, o choque deu lugar à raiva. Mas não era qualquer raiva. Era o tipo de raiva que te faz querer fazer algo espetacularmente estúpido e incrivelmente satisfatório.

No dia seguinte, coloquei meu plano em ação.

Primeira parada: o banco. Entrei como uma mulher com uma missão, porque era exatamente isso que eu era. Congelei nossa conta conjunta mais rápido do que você pode dizer “babaca traidor”.

A expressão do gerente do banco quando expliquei o motivo foi impagável. Tenho certeza de que ele estava mentalmente anotando tudo para seu próximo romance.

Depois, fui a um chaveiro.

Lembrei de ter ouvido Mike dizer a Jessica que eles ficariam fora por três dias, o que me dava tempo de sobra para executar meu plano mestre. Parecia que o universo estava conspirando a meu favor — e quem sou eu para discutir com o destino?

Minha próxima parada: minha casa. A mesma casa aconchegante onde Mike e eu planejávamos um futuro que agora era um completo desastre.

O chaveiro me olhava com um ar confuso enquanto eu gargalhava e pedia as fechaduras mais modernas e complicadas disponíveis. Se eu ia fazer isso, ia fazer direito. E em grande estilo.

Então, chamei uma empresa de mudanças.

Entreguei-lhes as novas chaves e instruí que empacotassem tudo o que fosse meu — ou seja, basicamente tudo na casa. Até o papel higiênico. Vamos ver como Mike e Jessica gostam de usar folhas!

Mas o *gran finale* ainda estava por vir. Eu tive uma ideia brilhante que tornaria essa vingança não apenas doce, mas duradoura.

Enviei convites para uma festa. Muitos deles. Para a família de Mike, nossos amigos, colegas de trabalho dele e até aquela vizinha fofoqueira que sempre reclamava do nosso falecido cachorro.

O convite dizia: “Venha celebrar a nova vida do Mike! Festa surpresa na nossa casa, amanhã às 19h!”

Depois, encomendei um outdoor. Sim, um outdoor. Enorme. Foi entregue e instalado bem no nosso jardim da frente, impossível de ignorar.

Em letras gigantes e em negrito, ele dizia:

**“Parabéns por me largar pela sua amante grávida, Mike! Espero que o bebê não herde sua infidelidade!”**

Dei um passo para trás para admirar minha obra-prima, sentindo-me uma fada madrinha travessa que acabava de conceder o desejo mais irônico do mundo. Com um sorriso satisfeito e um dramático balanço de cabelo, saí da cena, ansiosa para o caos que estava por vir.

Na noite seguinte, pontualmente, meu telefone tocou. Era Mike, e ele parecia prestes a ter um aneurisma.

“Michelle!” ele gritou, com a voz atingindo oitavas que eu nem sabia que ele conseguia alcançar. “Que diabos está acontecendo? Por que tem tanta gente na nossa casa? E que porcaria de outdoor é esse?”

“Ah, isso?” perguntei, fingindo inocência. “Apenas uma festinha de boas-vindas para você e Jessica. Vocês não gostaram da decoração?”

“Decoração? Isso aqui parece um circo! E por que não consigo entrar na casa?”

Não pude evitar uma risadinha. “Bom, querido, você me mandou sair, lembra? Mas nunca disse nada sobre você continuar aí. E aí me lembrei de que a casa está apenas no meu nome. Então, troquei as fechaduras. *Ops!*”

Houve um longo silêncio do outro lado da linha. Eu quase conseguia ouvir as engrenagens do cérebro minúsculo dele tentando processar tudo.

“Onde vamos ficar?” ele finalmente balbuciou.

“Ah, não sei, Mike. Talvez a mãe da Jessica possa abrigá-los? Dizem que hormônios da gravidez e sogras combinam super bem.”

Desliguei, me sentindo mais leve do que nunca. Mas espera, tem mais!

Nos dias seguintes, cortei os serviços de água e luz, cancelei a TV a cabo e transferi todos os nossos bens conjuntos para o meu nome. Coloquei a casa à venda, mencionando no anúncio que ela vinha com um “bônus de arte decorativa no jardim da frente.”

Mandei entregar os papéis do divórcio no trabalho de Mike. Pedi especificamente para o entregador se vestir de mulher grávida. Só pela diversão.

Mas o universo ainda não tinha terminado com Mike. Guardou o melhor para o final.

Uma semana depois, recebi uma ligação da Jessica. Sim, *aquela* Jessica. Ela chorava tanto que mal conseguia falar.

“Michelle,” soluçou, “sinto muito. Eu não sabia… o Mike disse que vocês estavam separados. E agora… agora ele está sem dinheiro, sem casa, e eu estou grávida, e eu não sei o que fazer!”

Eu quase senti pena dela. *Quase.*

“Bom, Jessica,” disse, tentando conter o tom de satisfação, “ouvi dizer que o circo está sempre contratando novos artistas. Vocês podem fazer um show de malabarismo — você com o bebê, e ele com as mentiras.”

Ela não gostou da piada. *Que pena!*

Quando Jessica descobriu que Mike estava falido, sem casa e sendo motivo de piada, percebeu que talvez namorar um cara sem futuro não fosse uma grande ideia.

Ela o largou mais rápido do que você pode dizer “o karma é uma vadia!”

Última notícia: Mike mora em um apertado apartamento, mal conseguindo pagar as contas. Sua família o deserdou, enojada com suas atitudes.

Eles até me mandaram uma cesta de frutas e um cartão de desculpas. Comi as frutas relaxando na minha nova jacuzzi.

E eu? Bom, vendi a casa, comecei meu próprio negócio e adotei um gato. O nome dele? Karma. 😈

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