O marido infiel tentou criar sua esposa — ele a Enviou para negociações importantes em vez de si mesmo, convencido de que ela arruinaria tudo. Mas ela destruiu seu plano astuto.

Histórias interessantes

**Konstantin ficou atônito, incapaz de entender como se metera em uma confusão tão grande que agora não sabia mais onde estava com a cabeça. Embora, para ser sincero, ele mesmo havia se colocado nessa situação. Sabia que Rimma era casada, mas não pensou muito nisso — não se importava. Mais do que isso, era conveniente: menos exigências, menos obrigações. Mas agora tudo havia se transformado em um pesadelo.**

**Ele nunca foi especialmente fiel ou profundamente ligado à esposa, Sveta. Não que ela o incomodasse — pelo contrário, ela lhe servia em todos os sentidos. Simples, confiante, obediente. Foi exatamente por isso que ele a escolheu. Conveniente.**

**Notou Sveta ainda na faculdade. Uma garota quieta, modesta, aluna exemplar. Ele era alguns anos mais velho. Ao olhar para ela naquela época, Kostya pensou: aqui está — a esposa perfeita para um homem que está construindo uma carreira. Gostava do fato de que ela aceitava todas as suas decisões sem questionar.**

**Ela nunca tivera ninguém antes dele. Bastaram alguns dias para fazer essa garota provinciana e inexperiente se apaixonar. E quando viu como ela floresceu ao lado dele, ficou mais bonita, passou a acreditar em si mesma — ele decidiu: esse era o começo certo.**

**Sveta acabou sendo não apenas um apoio, mas uma verdadeira salvação. Quando as coisas iam mal (o que acontecia com frequência — Konstantin estudava mais por obrigação do que por seriedade), ele voltava para casa reclamando. Dizia que estava cansado, que tudo estava confuso, que havia muita pressão.**

**E Sveta imediatamente o mandava descansar. “Deita, dorme, eu cuido de tudo.” E ela realmente encontrava soluções. Checava documentos, procurava erros, ouvia os parceiros. Fazia tudo por ele. E nunca reclamava.**

**Kostya não era mesquinho. Não a restringia financeiramente — e ela não precisava de muito. Desde que estivesse ao seu lado, bem-apresentada, mantendo a imagem. Às vezes ele até insistia:**

**“Sveta, estamos em reuniões importantes. Você precisa manter as aparências. Vista-se com elegância, mantenha o cabelo arrumado. Sou um homem de negócios, tenho uma reputação!”**

**E ela obedecia. Se ajustava. Isso o agradava. Era especialmente agradável que todos olhassem para ela, mas ela pertencia apenas a ele. Somente a ele.**

**E não havia problemas na vida pessoal deles. Sveta não se intrometia. Ocupava-se com suas obrigações, confiava nele incondicionalmente. Viagem de negócios? Claro. Trabalhando até tarde? Claro! Ela nunca suspeitou de nada.**

**Mas com Rimma, tudo era diferente. Eles se conheceram numa festa onde todos estavam solteiros. Nenhum marido ou esposa por perto. Notaram-se imediatamente. Trocaram alguns olhares — e saíram juntos.**

**Rimma era fogo. Uma verdadeira leoa. Depois da quieta e previsível Sveta, aquilo foi uma explosão para Konstantin. Mais tarde, descobriu que ela era casada. Ela, por sua vez, sabia que ele também era. Mas isso não os impediu.**

**E recentemente ele descobriu com quem ela era casada.**

**Foi quando caiu a ficha. Um verdadeiro choque mental. O marido de Rimma era Timur Galimov. Um empresário conhecido. Mas ainda mais conhecido como uma figura influente do passado. Daqueles homens que poderiam, sem hesitar, “resolver” o seu destino sob placas de concreto.**

**Konstantin não entendia por que Timur ainda não tinha reagido. Afinal, ele devia saber do caso. Konstantin foi encontrar Rimma num estado deprimido, como um cão espancado.**

**“Temos que acabar com isso,” disse ele, encarando o chão.**

**“Por quê?” perguntou Rimma, com um leve tom de zombaria. “Perdeu a vontade?”**

**“Não é isso!” ele balançou a cabeça. “Eu só não quero acabar enterrado numa floresta!”**

**Rimma sorriu de canto. Serviu-se de vinho, como se estivesse se divertindo.**

**“Então descobriu quem é meu marido?” disse ela, esticando as palavras.**

**Kostya ficou em silêncio. Tudo dentro dele tremia.**

**“Você não me contou antes! Isso não é justo!”**

**Ela sentou-se no sofá como uma rainha em seu trono.**

**“E você, pelo visto, é um covarde,” disse com um sorriso gelado.**

**Pausa. Mais uma dose de veneno:**

**“Se eu não gostasse de você… já teria ligado para o meu marido e dito que você estava me incomodando. Entendeu?”**

**Konstantin tremia como uma folha.**

**“Não tenha medo. Ele já me esqueceu há muito tempo. Assim como eu esqueci dele. Casamos por contrato, por razões familiares. Estúpido, claro. Vem aqui.”**

**O que ele podia dizer? O que podia fazer? Nada. Apenas obedecer.**

**Com o tempo, o medo começou a desaparecer. Ele se acostumou, aparentemente.**

**E agora estavam se preparando para um negócio importante. Lucrativo. Prometia crescimento. Mas meia hora atrás, ele recebeu uma ligação do representante da outra parte — o dono da empresa com quem se encontrariam no dia seguinte.**

**Era Timur Galimov. O marido de Rimma.**

**Foi então que Konstantin percebeu: ele não estava apenas em apuros. Estava preso. Até o pescoço. Recusar as negociações? Impossível. Sua empresa era a proponente. Oferecer termos desvantajosos de propósito? Estúpido. Isso pareceria suicídio.**

**Ele não sabia o que fazer. Um passo em falso — e ele era o coelho, Timur a jiboia apertando lentamente o laço.**

**À noite, Rimma ligou. Kostya se trancou no banheiro, ligou a torneira para que ninguém em casa ouvisse.**

**“Kostik…” veio a voz dela na linha. “Como você foi se meter nessa confusão?”**

**“Você já sabe?” ele se surpreendeu.**

**“Sim. Meu marido me contou no jantar. O que você vai fazer? Trabalhar com ele?”**

**“Rimma!” ele mal conseguia conter os nervos. “Isso não tem graça. De verdade.”**

**“Não fica bravo, gatinho,” ela riu. “Cancelar a negociação? De jeito nenhum. Péssima ideia.”**

**“Temos que sabotar tudo!” ele disparou.**

**“Você acha?” Rimma ficou em silêncio. Por um instante, pareceu estar pensando. “E como você imagina estragar o negócio?”**

**Um minuto se estendeu como uma eternidade. Então a voz dela ficou séria. Profissional.**

**“Escuta, Kostya, a empresa de vocês está registrada no nome seu e da sua esposa, certo? No papel?”**

**“Sim.”**

**“Exatamente!” Rimma quase comemorou. “Manda ela para a negociação! Deixa a Sveta estragar tudo! Tenho certeza de que ela vai falhar! E o Timur nunca mais vai querer lidar com a empresa de vocês!”**

**Konstantin quis dizer que ela era louca, mas de repente pensou. Aquilo fazia algum sentido.**

**“Rim…” ele começou com hesitação, “não sei se é uma loucura ou não… mas vou pensar.”**

**Saiu do banheiro, sentou-se no sofá, espalhou os documentos na frente. Sveta trouxe café, como sempre — em silêncio, com cuidado nos olhos.**

**“Kostya,” ela perguntou suavemente, “você está bem? Está estranho hoje.”**

**Kostya olhou para a esposa como se a visse pela primeira vez. Seu olhar ficou atento, quase avaliador.**

**“Sveta, eu preciso muito da sua ajuda. Só não sei se vai dar certo…”**

**“Por favor, me diga!” ela se prontificou de imediato. “Se eu puder — farei tudo!”**

**Konstantin começou a explicar que a empresa deles estava alcançando um novo patamar, que era preciso expandir horizontes. Que ele tinha sido chamado urgentemente para outra cidade onde o aguardavam, e que havia esquecido completamente da negociação marcada.**
Claro! Aqui está a tradução do texto para o português:

“Sveta, eu realmente preciso de ajuda. Só que não tenho certeza se vai dar certo…”

“Por favor, me conte!” ela imediatamente se tencionou. “Se eu puder — farei tudo!”

Konstantin começou a explicar que a empresa deles estava evoluindo para um novo nível, que os horizontes precisavam ser ampliados. Que ele foi urgentemente chamado para outra cidade, onde o esperavam, e que ele havia esquecido completamente das negociações que se aproximavam.

“Sveta,” ele segurou a mão dela, “você sabe de tudo, certo? Você também é coproprietária no papel. Talvez… você possa fazer isso? Conduzir a reunião no meu lugar?”

Os olhos de Sveta se abriram arregalados de medo.

“Kostya… E se eu estragar tudo? E se eu não conseguir lidar com isso?”

Konstantin suspirou tristemente, um pouco teatral.

“Eu realmente espero que você consiga. Honestamente, Sveta. Se não… teremos que buscar outras opções. Mas eu não vou ficar bravo com você. Nem um pouco.”

Tranquilizado pelo pensamento de que tudo estava sob controle, Kostya foi dormir. Sveta cuidadosamente assumiu seu lugar, pegou os papéis e ficou acordada até às três da manhã, mergulhada nos detalhes do negócio.

Algumas horas de sono — e ela já estava se preparando. Confiante, serena. Pensando: “Vai dar tudo certo.”

Pela manhã, Konstantin se arrumou rápido, beijou a esposa na bochecha e saiu — não para o escritório, mas para uma casa alugada fora da cidade, onde Rimma deveria esperá-lo.

Tudo estava indo conforme o plano. Eles tinham calculado tudo perfeitamente. Sveta — simples, confiável, sem entender nada de negócios de verdade. Não, isso exigia astúcia, truques, habilidades de manobra. Ela não tinha isso. As negociações seriam arruinadas.

E ele só teria que dar de ombros: “O que fazer?” Enquanto isso, Sveta se sentiria culpada. E se tornaria ainda mais dócil. Ainda mais obediente. O benefício era óbvio.

Sveta chegou cedo para conhecer o escritório do marido. Encontrou a secretária grávida, Katya.

“Olá, Svetlana Grigoryevna!”

“Oi, Katyusha. Posso tomar um café?”

“Claro!” a moça assentiu. “E, pelo que parece, você vai liderar as negociações?”

A secretária acrescentou decidida:

“Isso mesmo. Não entendo por que você não estava envolvida nos assuntos da empresa antes? Você perdeu muita coisa interessante!”

Sveta ergueu a sobrancelha surpresa, mas não disse nada. Agora precisava se concentrar.

Passou os últimos trinta minutos pensativa, olhando pela janela. Em que estava pensando? Por que estudou tantos anos se depois virou uma dona de casa? Poderia ter feito isso sem diploma…

A porta se abriu com um leve rangido.

“Svetlana Grigoryevna, os convidados chegaram.”

“Podem entrar,” respondeu calma.

Sveta sorriu. E imediatamente esqueceu que um dia se considerara apenas uma esposa. Hoje era coproprietária da empresa. Daquela pela qual estudou, se preparou e trabalhou. E agora isso deveria aparecer em tudo.

O primeiro a entrar foi um homem. Muito bonito, com um leve traço de temperamento do sul no rosto. Arqueou a sobrancelha surpreso.

“Boa tarde. Onde está Konstantin?”

“Meu marido foi resolver um assunto urgente,” Svetlana respondeu com voz firme. “Sou Svetlana, esposa dele e coproprietária.”

“Inesperado,” sorriu ele. “Não era o que eu esperava.”

“Como assim?” ela sorriu de volta.

“Que você fosse tão… encantadora.”

Sveta agradeceu e continuou com confiança:

“Estou preparada. Podemos começar.”

Quatro horas de negociações. Alterações no contrato. Advogados de ambos os lados. Quando todos assinaram, Timur lentamente baixou a caneta e olhou para ela com respeito.

“Você impressiona,” disse pensativo. “No começo parecia um anjo — gentil, amável. Mas agora vejo: gentil, mas com personalidade. Uma loba em vestido.”

Ele sorriu.

“Dou o chapéu a você. Ainda não tinha conhecido mulheres assim — inteligentes, fortes e bonitas. Não acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos.”

Sveta sorriu calorosamente. Gostava de Timur. Ele exalava confiança, sinceridade. Falava direto, admirando abertamente. Nada a ver com Kostya.

“Você me deu tantos elogios que não ouço isso há um ano,” admitiu ela.

“Não acredite nisso!” riu ele. “Mulheres assim não passam despercebidas.”

“Svetlana,” Timur ficou sério de repente, “normalmente depois de contratos assim as pessoas comemoram. Somos parceiros agora. Reservei uma mesa no restaurante ‘Volna’ para todos os participantes.”

Sveta riu sinceramente:

“Oh, eu esqueci completamente! Claro, por que não?”

“Você não vai recusar?” Timur perguntou, olhando-a intensamente nos olhos.

Svetlana pensou por um segundo. Por que recusar? Só porque fazia muito tempo que não saía sem o marido? Não. Claro que não. Restaurante é restaurante!

No caminho para o “Volna”, Sveta tentou ligar para Kostya várias vezes. Ele não atendeu. Nem uma vez. Timur observava silencioso, quase não segurando um sorriso malicioso.

Ele sabia tudo. Sobre Kostya. Sobre sua covardia. Sobre Rimma. E que ele, Timur, deveria ser a vítima da intriga alheia. Mas acabou tendo a chance de acertar as coisas.

Quando soube pela manhã que o amante de Rimma seria substituído pela esposa dele, só riu: “Deixe ela tentar.” Pensou que Sveta estragaria tudo sozinha. Que assinaria um contrato com cláusulas que arruinariam Konstantin. Que queria destruir sua reputação e deixá-lo sem nada.

Mas tudo aconteceu diferente. Nada do que ele planejou.

Agora ele não queria que Sveta sofresse. Via nela não uma vítima, mas uma rainha. Não a esposa de um canalha que rondava a esposa alheia, mas sua rainha. A dele.

Konstantin decidiu ligar à noite. Rimma ficou perto, escondendo-se cuidadosamente da câmera. Ela queria ver Sveta chorar em casa, despedaçar os restos de sua dignidade.

Uma videochamada. A resposta veio rápido.

Svetlana apareceu na tela. Estava deslumbrante. Sorrindo. Claramente não em seu apartamento.

“Svet, como foram as negociações?” Kostya perguntou cauteloso.

“Maravilhosas!” sua voz soou alegre. “Ajustamos um pouco os termos, mas no final todos ficaram satisfeitos!”

“Então… você assinou o contrato?”

“Duvidou?” ela riu. “Quando você me mandou ‘batalhar’ contra o marido da sua amante?”

Kostya ficou até confuso. Uma voz nova o interrompeu:

“Ah, oi!” Timur entrou no quadro, sorrindo. “E onde está minha amada Rimma?”

Rimma saiu de fininho, fugindo do olhar do marido.

“Não tenha medo,” Timur sorriu maliciosamente, “não vamos te tocar. A menos que você decida voltar por conta própria. Tudo depende de você.”

Ele abraçou Sveta pela cintura e continuou:

“Svetlana e eu decidimos te dar uma chance. Ela insistiu. Eu talvez não teria dado. Mas agora te dou a casa. Essa mesma em que você está agora. Em algumas horas meu homem vai trazer os documentos. Um presente. Conselho e amor. Você pode plantar batatas, criar galinhas. Viver como quiser.”

Sua voz ficou fria de repente. Os olhos — de aço.

“Mas lembre-se de uma coisa: não quero saber mais nada sobre você. Nunca. Porque agora eu esqueço como você me insultou. Mas posso lembrar.”

A tela ficou preta. Rimma cobriu o rosto com as mãos e gemeu:

“Por que eu me envolvi com você?!”

“Quem deveria estar perguntando isso sou eu!” Kostya gritou, pulando. “Por que eu te ignorei?! Ele vai nos matar? Realmente vai nos matar?!”

Rimma olhou para ele com olhos vazios e respondeu brevemente:

“Sim.”

E Svetlana rodopiava em dança. Nos braços de um homem forte, verdadeiro. Ela sabia: se pedisse, Timur a deixaria voltar. Mas ela não queria. Nunca quis voltar para onde era vista como fraca.

E Timur pensava em outra coisa. Em como ele e Sveta levariam a filhinha para a escola. Como escolheriam mochilas juntos, ajudariam nas tarefas. Como sentariam à mesma mesa, comemorariam aniversários, discutiriam sobre a música que uma adolescente ouve.

Ele já via essa vida. E realmente queria que se tornasse realidade.

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