Andrew, de dezessete anos, estava acostumado a conseguir o que queria e a tratar mal as pessoas quando não conseguia, mas seu pai decidiu que era hora de Andrew aprender uma lição sobre respeito depois que ele maltratou uma comissária de bordo.
«Você acha que ele vai ficar bem?»
Steven observava seu filho de dezessete anos caminhar em direção ao portão de embarque do aeroporto, mas agora ele olhou para baixo, para sua esposa.
«Claro que o Andrew vai ficar bem», respondeu ele.
«Espero que essa nova escola ajude ele a aprender um pouco de humildade.»
«Mas e se o tratarem mal no dormitório?» A esposa de Steven o olhou preocupada. «Ele nunca foi a um internato antes.»
«Esse é o ponto.» Steven cerrou o maxilar. «Andrew ficou mimado, e ele precisa aprender algumas lições difíceis sobre a vida.»
Meses depois, Andrew estava voando para casa para as festas de fim de ano, depois de seu primeiro semestre no internato. Ele odiava cada minuto de seu tempo lá e estava ansioso para voltar ao seu computador de última geração e ao carro de luxo que ganhou no seu aniversário de dezesseis anos.
«Ei, você aí.» Andrew acenou para a comissária de bordo, uma mulher ruiva com sardas.
«Como posso ajudá-lo, senhor?» A comissária sorriu para ele.
«Você pode me dar algo melhor para comer do que esses amendoins.» Andrew jogou o pacote de amendoins nela.
O sorriso da comissária se transformou em uma carranca. «Senhor, por favor, não jogue coisas em mim.»
«Eu faço o que quiser,» respondeu Andrew. «Você está aqui para me servir, então pare de reclamar e faça seu trabalho.»
«Não fale com ela desse jeito.» O homem mais velho sentado ao lado de Andrew virou-se para ele.
«Só porque é o trabalho dela nos servir, não significa que você pode desrespeitá-la.»
Andrew revirou os olhos e estalou os dedos para a comissária. «Ainda estou esperando meu lanche.»
A comissária se afastou com os olhos baixos. O homem mais velho no assento ao lado balançou a cabeça.
«Seus pais devem estar tão decepcionados com você,» murmurou o passageiro idoso.
«Ninguém te perguntou, velho.» Andrew começou a procurar pelos filmes no painel.
Depois de alguns minutos, a comissária voltou com um pretzel.
«Aqui está, senhor,» disse ela, estendendo o pretzel para ele. «Se precisar de mais alguma coisa…»
Andrew zombou e deu um tapa no pretzel, fazendo-o cair de sua mão. «Eu não quero um pretzel!»
A comissária recuou, com lágrimas nos olhos. «Amendoins e pretzels são os únicos lanches que servimos neste voo.»
«Isso é patético, assim como você.» Andrew se inclinou para frente no assento. «Vá buscar um lanche decente, agora!»
«Como você ousa falar com ela assim?» Uma mulher levantou-se do assento do outro lado do corredor e colocou a mão no braço da comissária.
«Se ela fizesse o trabalho dela, eu não teria que falar.» Andrew apontou para a comissária.
«Ela é uma servente, e uma péssima também.»
A comissária começou a chorar. A passageira tentou consolá-la.
«Alguém deveria te dar uma lição, rapaz,» o passageiro idoso ao lado de Andrew o olhou com desaprovação.
«Eu concordo.» Alguém colocou a mão no ombro de Andrew.
Nesse momento, Andrew reconheceu a voz. Ele se virou e ficou surpreso ao ver seu pai atrás dele, com o rosto vermelho de raiva.
«Pai, o que você está fazendo aqui?» Andrew perguntou.
«Voltando de uma viagem de negócios,» respondeu Steven. «Esperava que nos encontrássemos no avião, mas nunca imaginei que seria assim. Peça desculpas para essa jovem e para os outros passageiros imediatamente.»
Andrew curvou os ombros e murmurou um pedido de desculpas. Ele não via por que tanto alarde, mas sabia que era melhor não desobedecer o pai quando ele estava tão zangado.
Quando Andrew e seu pai chegaram em casa, Steven o levou direto para o escritório no segundo andar da casa luxuosa.
«Isso termina agora.»
Steven fechou a porta e apontou para Andrew. «Seu comportamento é nojento. Esperava que você aprendesse boas maneiras no internato, mas parece que estava errado.»
«Por que está fazendo tanto alarde por causa disso?» Andrew abriu os braços. «Ela é só uma comissária de bordo. Não é como se ela fosse importante.»
«E esse é o seu problema, Andrew. Você acha que é melhor que os outros porque nasceu em uma família rica, e que pode tratar mal as pessoas por causa disso.» Steven cruzou os braços. «Isso vai mudar.»
«O que isso quer dizer?»
«Você não vai voltar para aquela escola. Vai terminar seus estudos em uma escola pública, e vai passar as férias trabalhando.»
«Trabalhando?» Andrew se endireitou. «Você vai me dar um emprego na sua empresa?»
Steven sorriu. «Pode-se dizer que sim. Vou te dar um emprego na minha empresa de limpeza, como zelador.»
Andrew ficou horrorizado.
«Eu não vou fazer isso!»
«Vai sim, porque também estou cortando todos os seus privilégios. Estou tirando seus cartões de banco, seu computador, seu carro e seu celular. Estou até tirando suas roupas de marca.» Steven colocou as mãos nos quadris. «Você vai descobrir o que significa respeitar as pessoas.»
Andrew não teve escolha. Seu pai tomou suas posses, e ele começou seu trabalho como zelador no aeroporto no dia seguinte.
Andrew não sabia nada sobre limpeza. A mulher mais velha com quem foi designado para trabalhar riu dele por não saber varrer nem passar pano. Ele gritou com ela por rir dele e ameaçou demiti-la.
«Não, você não vai,» respondeu ela, balançando o dedo. «Seu pai me avisou sobre você, agora vá trabalhar. Esses pisos não se limpam sozinhos.»
Andrew suspirou e começou a varrer. Ele era desajeitado, e sua supervisora o provocava por isso. Andrew ficava com raiva, mas não podia fazer nada a respeito.
Ele estava limpando as lixeiras quando algo o atingiu. Ele se virou e viu que alguém tinha jogado uma caixa de comida vazia nele.
«Ei!» Andrew gritou para o homem que tinha jogado a caixa. «Como ousa jogar isso em mim?»
O homem ignorou Andrew, então ele correu atrás dele e agarrou seu braço.
«Estou falando com você,» disse Andrew.
O homem sacudiu Andrew tão forte que ele caiu no chão. «Tire suas mãos imundas de mim, seu zelador sujo.»
Andrew observou o homem se afastar em choque. Era assim que se sentia ser tratado como se não importasse? Andrew não gostou nada disso.
Foi então que ele viu a comissária de bordo com quem tinha sido rude. Ele correu até ela.
«Sinto muito,» disse quando chegou até ela. «Eu te tratei muito mal.»
A mulher ficou surpresa ao vê-lo, mas sorriu quando ele se desculpou.
«Fico feliz que você tenha aprendido seu erro,» disse ela.
**O que podemos aprender com essa história?**
Todos merecem respeito. Não importa se alguém tem um emprego humilde; ele ainda é uma pessoa e merece ser tratado com respeito.
Às vezes, as crianças precisam aprender uma lição da maneira difícil. Pode ser difícil para elas entenderem o valor das lições de vida quando nunca passaram por essas situações.
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