**Achei que meu casamento era sólido até que minha sogra convidou a ex do meu marido para o aniversário dele. Antes que eu pudesse reagir, minha mãe me armou um encontro com o meu. Entrei em um desastre que nunca vi chegando—e isso foi só o começo.**
Sempre achei que Alex e eu tínhamos o equilíbrio perfeito no nosso casamento. Não éramos um daqueles casais que brigavam por meias espalhadas ou uma xícara de café deixada na mesa.
Nossas discussões nunca duravam mais de uma hora e, mesmo assim, pareciam mais um aquecimento para novas piadas.
Eu tinha meu próprio café—um lugar pequeno e aconchegante onde as pessoas podiam sentar com um livro, saborear uma sobremesa caseira e escapar do caos da cidade. Alex às vezes brincava que meus cappuccinos o faliriam, mas eu sabia que ele tinha orgulho de mim.
Tudo estava ótimo… até que ele chegou em casa com um sorriso estranho um dia.
Eu estava rolando a tela do meu celular quando ele se sentou ao meu lado e, quase orgulhoso, anunciou:
— Você não vai acreditar em quem minha mãe e eu encontramos hoje enquanto estávamos fora.
Por «fora», ele queria dizer arrastar a mãe para comprar coisas de que ela absolutamente não precisava—um ritual mensal deles. Uma tradição de mãe e filho.
Parece fofo, né?
E seria… se minha sogra, Cynthia, não transformasse essas compras em um verdadeiro espetáculo circense, equilibrando quinquilharias antigas que depois ficavam acumulando poeira no armário de porcelana.
Mas Alex aguentava tudo. Porque, bem, era a mãe dele.
— Alienígenas? — sorri, saindo dos meus pensamentos sobre Cynthia.
— Amanda.
Meus dedos congelaram sobre a tela. Lentamente, levantei meu olhar.
— Aquela Amanda?
— Sim.
Amanda. A ex dele. O amor da juventude. A garota que um dia achou que era «a única» na vida dele.
— Onde vocês a encontraram?
— Em um café.
Foi uma coincidência desagradável, mas eu suspirei. Acontece. Apenas um encontro aleatório.
— E como estava o café? — perguntei, carregando minha voz de sarcasmo.
— Oh, incrível! Porque era o seu café.
— Ah, que bom que Amanda gostou. Faz valer a pena ter aberto o café.
Ele assentiu, completamente perdendo meu ponto.
— Ah, mamãe ficou radiante! Fazia tanto tempo que elas não se viam. E, bem…
— E o quê?
— Ela a convidou para a minha festa de aniversário.
Fantástico. Exatamente o que eu precisava. Por que a vida não podia simplesmente continuar como estava?
— Oh, sua mãe está realmente inspirada.
— Amor, você não está com ciúmes, está?
O chá já tinha fervido na minha mão.
— Claro que não. E o que você disse sobre isso?
— Bem… eu não podia exatamente dizer não. Isso seria rude.
Eu queria gritar: **»E VOCÊ PENSOU EM ME PERGUNTAR?!»**
Mas, em vez disso, exalei silenciosamente, engolindo a mistura de emoções fervendo dentro de mim.
— Amor, não se preocupe tanto. É só uma festa. Só uma convidada.
Ele é realmente tão ingênuo ou só está fingindo?
Eu tinha um pressentimento ruim sobre isso. E, como descobriria mais tarde, eu estava absolutamente certa.
***
O aniversário de Alex sempre foi um evento. Não porque ele se importasse muito em comemorar. Ele ficaria satisfeito com um jantar tranquilo e um pedaço de bolo.
Não, a verdadeira mente por trás desses espetáculos anuais era Cynthia, sua mãe.
Para ela, era um grande show. Um espetáculo cuidadosamente planejado. Uma chance de provar ao mundo que ela sabia dar uma festa magnífica.
Tentei me preparar mentalmente, mas nada poderia realmente me preparar para o que vi quando entrei no quintal.
Lá estava ela. Amanda.
Ela estava ainda melhor do que eu lembrava. Mais do que isso, estava perfeitamente integrada na festa, como se nunca tivesse saído da vida de Alex.
Eles estavam lado a lado na frente de um enorme bolo de aniversário.
O que está acontecendo?
E então eu vi o concurso.
É claro que Cynthia tinha organizado algum jogo ridículo e exagerado. Alex e Amanda estavam emparelhados em um desafio de «Quem pode comer seu bolo mais rápido sem usar as mãos?».
Queria desviar o olhar. Mas não consegui.
Amanda ria alto demais, inclinando a cabeça para baixo enquanto Alex tentava vencê-la na primeira mordida. Tudo parecia… ridiculamente brincalhão.
— Oh, não é adorável? — alguém suspirou atrás de mim.
Virei a cabeça lentamente. Era minha mãe. Tempo perfeito.
— Adorável? — repeti, mal escondendo minha irritação.
— Bem, eles parecem muito… confortáveis juntos.
Engoli minha resposta.
— De qualquer forma — ela continuou —, encontrei alguém interessante outro dia.
Eu não queria saber. Mas ela me conhecia bem demais.
— Quem?
— Nick.
Virei minha cabeça totalmente para ela.
— Você quer dizer o meu ex?
— Ah, não faça essa cara, querida. — Ela acenou com a mão. — Você sabe, ele está indo excepcionalmente bem agora. Tem sua própria empresa. Clientes de alto nível. E…
— Por favor, me diga que você não o convidou para essa festa.
Ela riu.
— Claro que não! Isso seria inapropriado.
Exalei aliviada.
— Mas — ela acrescentou, casualmente demais — ele está procurando um lugar para sediar eventos de networking para seus clientes. E eu pensei, sabe… seu café pode ser perfeito.
— O que você está dizendo?
— Estou dizendo… talvez você devesse se encontrar com ele. Discutir negócios. Fazer um movimento inteligente para seu café.
— Não preciso da ajuda dele.
— Tem certeza? Quero dizer, olhe para o Alex.
Eu não queria. Mas olhei. E lá estava: Amanda, rindo com meu marido, segurando um enorme bolo preto que eu havia encomendado para ele.
Senti minha irritação atingir um nível perigoso.
Voltei-me para minha mãe, minha voz de repente muito mais calma do que eu me sentia.
— Sabe de uma coisa? Tudo bem. Marque a reunião.
— Oh, maravilhoso! Sabia que você ia concordar.
Eu não tinha ideia no que estava me metendo. Mas se Alex queria jogar esse jogo, eu jogaria também.
***
E o resto? Bem… digamos que envolveu um jantar caótico, um «reencontro» nada amigável, uma guerra de comida pública e, no fim das contas, uma revelação hilária sobre as verdadeiras intenções de nossas mães.
No final daquela noite, Alex e eu nos olhamos—encharcados, cobertos de molho e rindo como loucos.
— Fomos completamente manipulados, não fomos?
— Oh, 100%. E eu tenho uma suspeita extrema sobre quem está por trás disso.
— Sim. Nossas mães.
E, de repente, tudo fez sentido.
Mas se elas achavam que iam se safar dessa… estavam muito enganadas.