Um homem viúvo viaja uma longa distância para buscar seu bebê recém-nascido, mas, ao tentar voltar para casa com a criança, é impedido de embarcar no avião.
Bob estava atrasado. O homem de 40 anos tinha acabado de receber uma ligação de um hospital na Flórida informando que uma menina havia acabado de nascer e que ele estava listado como o pai.
Ele teria achado que era uma pegadinha, mas sabia que sua esposa estava na Flórida para um curto feriado que ele organizou para ela enquanto reformava a casa deles — era uma surpresa.
Os dois não tinham filhos biológicos e haviam adotado três, pois a adoção era algo que ambos queriam fazer parte. Como precisavam de mais quartos na casa, Bob decidiu reformá-la.
Dentre os dois, Bob era o mais empenhado em adotar uma criança, pois ele mesmo havia crescido em um lar adotivo e sempre prometeu a si mesmo que ajudaria o maior número possível de crianças.
«Se eu puder ajudar essas crianças a crescer e se tornarem a melhor versão de si mesmas, sentirei que fiz uma grande diferença», disse ele à esposa quando conversavam sobre o assunto.
Bob também era pai de dois filhos adultos que teve com sua ex-esposa, Ellen. O casamento deles terminou depois que ela foi flagrada tendo um caso com o piscineiro da família.
Dois anos depois, Bob conheceu sua segunda esposa, Mary. Após alguns meses de namoro, eles se casaram. Tentaram ter filhos, mas sem sucesso, o que os levou a considerar a adoção. No entanto, nunca desistiram de tentar ter um bebê biológico.
Um dia, a persistência deu frutos, e Mary engravidou. Para preparar a chegada do bebê, Bob decidiu ampliar a casa, incluindo um berçário e um quarto extra.
Depois de tomar essa decisão, ele enviou Mary, que estava no oitavo mês de gravidez, para a Flórida — um destino que ela sempre quis visitar. Mas, ao chegar lá, Mary entrou em trabalho de parto prematuro e foi levada às pressas para o hospital.
Infelizmente, ela morreu durante o parto. Como o bebê era recém-nascido, informaram a Bob que ele precisaria viajar imediatamente para buscar sua filha. Ele arrumou suas malas e pegou um voo para a Flórida.
Quando o avião pousou, ele alugou um carro e foi direto ao hospital onde sua esposa havia falecido.
A notícia da morte dela o consumia, mas ele sabia que teria tempo para lamentar depois. Por enquanto, precisava levar sua filha para casa.
No hospital, Bob encontrou uma voluntária da UTI neonatal, uma senhora de 82 anos que também era viúva.
O nome dela era Sra. Sticks, e ela tinha algo a dizer a Bob.
«O que aconteceu?» ele perguntou assim que entrou no escritório dela.
«Sente-se, Bob», disse ela calmamente.
«Prefiro ficar de pé», ele respondeu.
«Sinto muito pela sua perda, Bob. Sua esposa teve complicações no parto», disse a mulher.
Bob chorou amargamente, e a Sra. Sticks o observou em silêncio, permitindo que ele sofresse. Após alguns minutos, ela pigarreou e falou novamente.
«Eu sei que você veio buscar a criança, mas preciso me certificar de que tem condições de cuidar dela», disse a Sra. Sticks.
Bob garantiu a ela que já era pai, e a mulher assentiu, satisfeita, como se dissesse: «Você dará conta.» Mesmo assim, entregou-lhe seu número de telefone.
«Me ligue se precisar de qualquer coisa», disse ela. Além disso, a bondosa senhora se ofereceu para levá-lo ao aeroporto no dia da partida.
Tudo correu bem para Bob até o momento de embarcar no avião. Quando chegou ao portão de embarque, a funcionária do balcão o impediu de passar.
«Essa criança é sua, senhor?», perguntou a mulher.
«Claro que é», ele respondeu.
«Sinto muito, mas ela parece muito nova para viajar de avião. Qual é a idade dela?»
«Ela tem quatro dias. Agora posso embarcar?» perguntou Bob.
«Sinto muito, senhor, mas o senhor precisa apresentar a certidão de nascimento dela e esperar até que ela tenha pelo menos sete dias para viajar», disse a mulher com firmeza.
«Está brincando comigo?», Bob perguntou, irritado. «Quer dizer que tenho que ficar aqui pelos próximos dias? Não tenho família onde ficar, por isso preciso voltar para casa hoje.»
«Desculpe, são as regras», respondeu a funcionária, voltando sua atenção para o próximo passageiro da fila.
Bob sabia que levaria tempo para conseguir o documento, mas também não tinha onde ficar na Flórida e nem a quem pedir ajuda.
Ele estava se preparando para passar a noite no aeroporto quando se lembrou da Sra. Sticks. Ele preferia não incomodá-la, mas não tinha escolha, e a noite se aproximava rapidamente.
«Alô», ele disse ao telefone. «Preciso da sua ajuda.»
Ao saber da situação, a Sra. Sticks imediatamente se ofereceu para buscá-lo no aeroporto e levá-lo para sua casa. Bob ficou surpreso, pois sabia que, no lugar dela, provavelmente teria recusado ajudar um estranho.
«A compaixão ainda existe neste mundo», pensou.
Bob ficou hospedado na casa da Sra. Sticks por mais de uma semana antes de conseguir voltar ao Texas. Mas a mulher não apenas o acolheu — ela o ajudou a cuidar da filha recém-nascida e também a lidar com a dor da perda de sua esposa, oferecendo-lhe apoio e conforto. Além disso, ajudou a organizar o traslado do corpo de Mary, facilitando tudo para ele.
O homem mal podia acreditar em tanta generosidade. Ele sempre dizia que a Sra. Sticks era um verdadeiro anjo. Até mesmo sua filha parecia amá-la, pois começava a sorrir e gargalhar só de ouvir a voz da idosa.
Durante a estadia, Bob descobriu que a mulher tinha quatro filhos adultos, sete netos e três bisnetos.
Juntos, eles cuidaram do bebê, fizeram caminhadas para aliviar o estresse e até foram homenagear o falecido marido da Sra. Sticks — momentos que os aproximaram ainda mais.
Bob viu nela a mãe que perdera há muitos anos e sabia que sentiria sua falta ao voltar para casa.
Depois de receber a certidão de nascimento da filha, Bob finalmente pôde embarcar. Mas ele nunca perdeu contato com a mulher que o ajudou.
Ele não conseguia imaginar como teria lidado com tudo sem ela. Em gratidão, visitava a Sra. Sticks todos os anos com sua filha até que, alguns anos depois, ela faleceu.
No funeral, um advogado se aproximou dele e revelou que a Sra. Sticks havia incluído Bob em sua herança, assim como fez com seus filhos.
Em homenagem à sua bondade, Bob doou o dinheiro para uma instituição de caridade que fundou junto com os filhos da idosa, incluindo Shirley, sua filha mais velha, por quem ele acabou se apaixonando. Com o tempo, os dois se casaram, e ela se tornou mãe de seus seis filhos.
**O que aprendemos com essa história?**
— A bondade deixa uma marca duradoura. Bob jamais esqueceu a Sra. Sticks, que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis. Sua generosidade o inspirou a fundar uma instituição de caridade para espalhar mais amor pelo mundo.
— Cultive o hábito de retribuir. Bob adotou três crianças porque cresceu em um orfanato e queria oferecer às outras crianças uma vida melhor. Esse é um gesto digno de admiração.
**Compartilhe essa história com seus amigos! Ela pode iluminar o dia de alguém e inspirar mais gentileza pelo mundo.**