Eu estava preocupado que a professora da minha filha estivesse repetidamente realizando reuniões privadas com ela-até que eu acidentalmente ouvi uma e descobri a história real

Histórias interessantes

Quando a professora da minha filha começou a dar aulas particulares para ela, eu pensei que ela estava apenas sendo prestativa. Mas quando ouvi uma conversa entre elas, tudo mudou. A verdade que descobri foi algo que eu nunca esperava e me deixou questionando tudo.

Acho que só as mães vão me entender completamente. Mas quando você tem um filho, está pronta para fazer qualquer coisa para proporcionar a ele o máximo de cuidado e conforto. Qualquer coisa.

Então, quando recebemos a Alice, meu mundo virou de cabeça para baixo. Eu e o Charlie tentávamos engravidar há anos.

Nem consigo contar quantas vezes chorei sozinha, me perguntando por que não estava acontecendo conosco.

Depois de anos de desilusões, finalmente tomamos a decisão de adotar. Foi assim que a Alice entrou em nossas vidas.

Tivemos a sorte de recebê-la ainda bebê. Sua mãe biológica a deu para adoção logo após o nascimento, e, por mais doloroso que tenha sido para ela, foi uma bênção para nós.

Não sabíamos absolutamente nada sobre ela, e talvez isso fosse para o melhor. Só éramos gratos por ela ter dado a Alice para nós, e isso foi tudo.

Tudo parecia um conto de fadas. Alice trouxe luz e alegria para nossa casa, mesmo com as dificuldades que enfrentamos ao longo do caminho.

Noites sem dormir, febres e birras—superamos todas. Alice cresceu para se tornar uma menina bondosa, inteligente e esperta.

Quando Alice tinha dez anos, uma nova professora se juntou à sua escola. O nome dela era Miss Jackson, e ela ensinava na turma da Alice.

Desde o primeiro dia, Charlie e eu ouvimos muito sobre a Miss Jackson por parte da Alice.

Toda noite, durante o jantar, Alice falava e falava sobre como a Miss Jackson era maravilhosa.

Mas logo, algo estranho aconteceu. Um dia, recebi uma mensagem de texto da Miss Jackson.

Boa tarde! A Alice vai ficar depois da aula hoje para uma aula extra!

Eu franzi a testa e senti um nó de preocupação apertar meu peito. Minha filha tinha feito algo errado?

Boa tarde! Está tudo bem? A Alice está tendo algum problema?

Não, não se preocupe. Eu dou essas aulas para todas as crianças, para garantir que todos compreendam bem o conteúdo.

Isso me surpreendeu. Achei notável alguém amar tanto o trabalho a ponto de passar seu tempo livre ajudando cada aluno individualmente.

Não são muitos os professores que fazem isso. Ganhei um enorme respeito pela Miss Jackson depois disso.

A partir de então, Alice ficou depois da escola uma vez por semana para aulas particulares com a Miss Jackson. Eu e Charlie entendemos a situação, então não tínhamos razão para nos preocupar. Ou pelo menos, era isso que pensávamos.

Um dia, fui buscar a Alice na escola. Normalmente, era o Charlie quem ia, mas naquele dia ele estava atolado de trabalho, então eu tive que ir. Não me importei. Fiquei perto do portão e vi as crianças saindo, conversando e rindo.

“Laura, oi!” Ouvi uma voz e virei para ver a Karen se aproximando. Ela era mãe de um dos colegas da Alice. “Faz tanto tempo que eu não te vejo.”

“Sim, o Charlie normalmente busca a Alice,” eu disse.

“Sim, percebi,” disse a Karen. “Estávamos conversando recentemente sobre como as crianças são sortudas por terem a Miss Jackson. O que você acha?”

“Com certeza,” eu disse. “A dedicação dela ao trabalho e o amor pelos alunos são incríveis.”

“Sim, o meu Mark adora ela,” disse a Karen. “Agora, ele até me acorda para a escola. Eu costumava ter muita dificuldade para tirar ele da cama.”

“Me conta sobre isso,” eu disse sorrindo. “A gente ouve sobre a Miss Jackson todos os dias pela Alice. E aquelas aulas particulares que ela oferece são incríveis. Ela nem recebe nada por isso.”

O sorriso da Karen sumiu. “Que aulas particulares?” ela perguntou, agora com a voz mais baixa.

“Bem, toda semana, a Miss Jackson dá uma aula particular para cada aluno,” eu disse.

“Laura, você tem certeza?” a Karen perguntou, franzindo a testa. “Essa é a primeira vez que eu ouço falar dessas aulas.”

“A Miss Jackson me contou isso pessoalmente,” eu disse, embora uma dúvida começasse a se formar em minha mente.

“Eu vou perguntar para o Mark sobre isso,” a Karen disse. “Mas essa é a primeira vez que ouço sobre essas aulas. Talvez você devesse conversar com a Miss Jackson.”

Franzi a testa. “Talvez eu devesse,” murmurei.

Isso era estranho. A Alice era a única que estava tendo essas aulas particulares? E o que isso significava?

Ela tinha algum tipo de problema de aprendizado? Mas se fosse esse o caso, por que a Miss Jackson não nos disse nada? Fiquei inquieta.

Eu estava prestes a entrar e perguntar para a Miss Jackson quando a voz da Alice me puxou de volta.

“Mãe, estou tãooooo com fome. Vamos para casa,” ela disse. Ela correu até mim e me deu um abraço.

Eu acariciei a cabeça dela e sorri. “Sim, claro. Vamos,” eu disse suavemente.

No caminho para casa, não conseguia parar de pensar no que a Karen havia dito. Algo estava estranho. Eu precisava de respostas.

“Alice, o que você e a Miss Jackson fazem durante as aulas, quando é só vocês duas?” eu perguntei gentilmente.

Alice deu de ombros. “Nada demais. A gente desenha, lê, conversa… Às vezes ela me pergunta coisas,” ela disse, com a voz leve, mas distante.

“Que tipo de coisas?” eu perguntei, tentando não parecer muito curiosa.

“Só… coisas diferentes,” Alice disse. Seus olhos ficaram fixos na janela. “O que vamos comer no jantar?” ela perguntou rapidamente, tentando mudar de assunto.

Isso foi estranho. Ela costumava me contar tudo.

“Eu fiz macarrão,” eu disse suavemente, decidindo não insistir.

“Oooh, eu adoro macarrão,” Alice disse, com o rosto iluminando por um momento.

Mas eu não conseguia afastar a sensação de que algo não estava certo.

Naquela noite, depois que Alice foi para a cama, decidi conversar com o Charlie sobre o que eu tinha descoberto.

Esperei até que a casa estivesse quieta. Então, encontrei ele na sala de estar. Ele estava sentado no sofá, trocando de canais.

“Você sabia que a Miss Jackson dá aulas particulares só para a Alice?” eu perguntei, sentando ao lado dele.

Charlie parecia surpreso. “O quê? Você me disse que ela fazia isso com todos os alunos,” ele disse.

“Eu pensei que sim. Foi o que ela me disse,” eu respondi. “Mas hoje, eu conversei com a Karen no estacionamento. Ela disse que nunca ouviu falar dessas aulas particulares.”

O rosto de Charlie ficou sério. “Isso é estranho. A Alice tem algum tipo de problema?” ele perguntou.

“Não sei. A Alice não quer falar sobre o que elas fazem,” eu disse suavemente.

Charlie franziu a testa e se inclinou para frente. “Eu não gosto disso,” ele disse, com a voz baixa.

“Eu também não,” eu disse. “Por isso, quero ir à escola amanhã e descobrir o que está acontecendo. A Alice deve ter outra aula.”

Charlie assentiu, com o rosto tenso. “Me avise. Se acontecer algo, eu vou logo,” ele disse.

“Obrigada,” eu sussurrei e o abracei. Os braços dele ao redor de mim me deram um pouco de conforto. Mas minha intuição de mãe gritava que algo estava errado. Eu tinha que descobrir a verdade.

No dia seguinte, quando a Alice deveria ter sua aula com a Miss Jackson, fui até a escola.

Eu não podia ignorar a sensação no meu estômago. Algo não estava certo. Eu precisava descobrir a verdade.

Estacionei o carro e respirei fundo. Minhas mãos tremiam enquanto eu segurava o volante.

Eu não queria acreditar que algo de ruim estava acontecendo, mas não podia correr o risco.

Andei até a entrada da escola e vi o segurança perto da porta. Forcei um sorriso e disse: “Bom dia. Tenho um compromisso com a Miss Jackson.” Não era verdade, mas não me importava. Eu precisava de respostas.

O segurança assentiu e me deixou entrar. Fui caminhando pelo corredor, meu coração batendo forte.

A sala da Alice ficava no final do corredor. Andei silenciosamente, para não chamar atenção. Quando me aproximei, vi que a porta estava um pouco aberta. Parei e espiei dentro.

Miss Jackson e Alice estavam sentadas à mesa. Não estavam fazendo lição de casa. Estavam apenas conversando. Me inclinei para ouvir.

“Você entendeu o que eu te disse?” Miss Jackson perguntou suavemente.

“Sim,” Alice disse, com a voz quase inaudível. “Mas por que eu não posso contar para meus pais?”

“Porque eles podem tirar você dessa escola, e aí nós não nos veríamos mais,” Miss Jackson disse.

Meu coração parou. O que ela estava falando?

“Mas você é minha mãe também,” Alice disse baixinho.

Meu coração parou. Minha mente estava a mil. O que ela acabou de dizer?

“Eu sei, mas…” Miss Jackson começou, mas não a deixei terminar.

Empurrei a porta e entrei. Minha voz tremia de raiva. “O que está acontecendo aqui?! O que você quis dizer com ‘também’?! O que isso significa?!”

Os olhos de Miss Jackson se arregalaram de choque. Ela parecia assustada. “Eu posso explicar,” ela disse, a voz trêmula.

“Alice, espera lá fora,” eu disse, tentando manter a voz calma.

“Mas…” os olhos de Alice estavam cheios de confusão.

“Por favor, espera lá fora,” eu disse firmemente. Alice olhou para baixo, então se levantou e saiu.

Voltei para a Miss Jackson. “Estou ouvindo,” eu disse, minha voz fria.

Miss Jackson olhou para baixo. “Isso é mais difícil de explicar do que eu pensei,” ela murmurou.

“Por que não começa me explicando por que apenas minha filha fica depois da aula e por que você disse para ela não nos contar?” eu perguntei, minha raiva crescendo.

“Porque eu tinha medo de que vocês a tirassem dela,” Miss Jackson disse.

“E por que nós faríamos isso?” eu exigi.

“Porque eu sou a mãe da Alice… sua mãe biológica,” Miss Jackson disse baixinho, olhando para o chão.

Meu corpo ficou gelado. “O quê?!” eu gritei, minha voz ecoando pela sala.

“Sim,” ela sussurrou. “Eu percebi a marca de nascença debaixo do olho da Alice. Todos na minha família têm uma. Então, fiz um teste de DNA, e confirmou tudo.”

Minha cabeça rodou. “Você fez um teste de DNA sem a minha autorização?!” eu gritei, minha voz cheia de incredulidade.

“Eu sinto muito,” Miss Jackson disse. “Foi errado, mas eu precisava saber.”

“Sabia para quê?” eu retruquei. “Para tirar a Alice de nós?”

“Não, de jeito nenhum—”

Eu não a deixei terminar. “Você abriu mão da sua chance com a Alice. Você a deu para adoção,” eu disse, com os dentes cerrados.

Os olhos de Miss Jackson se encheram de lágrimas. Ela começou a chorar. “Eu não queria dar ela para adoção,” ela soluçou. “Eu tinha 17 anos, e meus pais me forçaram. Mas eu não queria…” A voz dela quebrou. “E eu nunca quis tirá-la de vocês. Só queria passar tempo com ela, mas pensei que vocês não iam permitir.”

“Isso ultrapassa todos os limites,” eu disse, minha voz tremendo. “Além de falar com minha filha pelas minhas costas, você ainda fez um teste de DNA.”

“Eu sinto muito,” Miss Jackson sussurrou. “Eu não sabia como lidar com isso.”

“E você nunca saberá,” eu disse firmemente. “Vamos transferir a Alice para outra escola. Parece que essa aqui não é segura para ela.”

“Não, por favor,” Miss Jackson implorou. Mas eu não estava mais ouvindo.

Saí da sala de aula, minha mente a mil. Vi Alice esperando quieta no corredor. Ela olhou para cima com os olhos arregalados. Peguei sua mão e a conduzi até o carro.

Ela ficou quieta o caminho todo até em casa. Eu sentia sua confusão e tristeza. Meu coração estava apertado, mas eu não sabia o que dizer.

Quando chegamos em casa, ela finalmente falou. “É verdade que a Miss Jackson é minha mãe?” A voz dela estava suave, quase um sussurro.

Suspirei. A Miss Jackson já tinha contado para ela, então não adiantava mentir. “A Miss Jackson te deu à luz,” eu disse gentilmente. “Mas eu sou sua mãe, e o Charlie é seu pai. É assim que sempre foi e sempre será.”

Alice assentiu, com o rosto triste e distante. “Vou para o meu quarto,” ela sussurrou.

Quando o Charlie chegou em casa, contei tudo sobre a Miss Jackson. Expliquei como ela era a mãe biológica da Alice e como Alice ficou chateada. Charlie ouviu atentamente. O rosto dele estava cheio de choque e preocupação.

“Talvez não devêssemos tirar a Alice da escola,” Charlie disse, após um momento.

“Você quer que elas continuem se vendo?” eu perguntei. “Você quer que ela tire nossa filha?”

“Eu não acho que ela queira tirá-la,” Charlie disse suavemente. “Acho que ela só quer ter uma conexão com ela. Ela te disse isso.”

“Isso é mentira,” eu disse firme. “Ela definitivamente quer tirar a Alice. Eu sou contra isso.”

“Ela perdeu a filha,” Charlie disse gentilmente. “Quem melhor do que você para saber como isso é doloroso?” Suas palavras me atingiram forte. Ele pegou minha mão. As lágrimas preencheram meus olhos.

“Eu acho que a Alice deve poder ver a Miss Jackson,” Charlie disse baixinho. “Mas se você for contra isso, faremos o que você decidir.” Ele me puxou para um abraço, e eu me apoiei nele, minha mente em uma montanha-russa.

Eu não consegui dormir naquela noite. As palavras do Charlie ecoaram na minha cabeça. Eu me virei na cama, pensando sobre Alice e Miss Jackson. Pela manhã, eu soube o que eu tinha que fazer.

No dia seguinte, fui à escola para conversar com a Miss Jackson. Meu coração estava batendo forte enquanto eu caminhava pelo corredor.

Eu a encontrei na sala de aula, se preparando para a aula. Ela olhou para cima e congelou ao me ver.

“Laura!” ela exclamou, com voz surpresa.

“Eu conversei com meu marido,” eu disse, minha voz firme. “Eu pensei nisso a noite inteira. Não vamos tirar a Alice da escola, mas eu não vou deixar você tirá-la de nós.”

Os olhos de Miss Jackson se encheram de lágrimas. “Eu não quero tirá-la de vocês,” ela disse suavemente. “Vocês são os pais dela.”

“Precisamos também conversar sobre como explicar isso para a Alice,” eu disse. “Ela precisa lidar com isso de forma calma. Mas você pode vê-la.”

Miss Jackson não conseguiu segurar as lágrimas. Ela caminhou até mim e me abraçou apertado.

“Obrigada,” ela sussurrou no meu ouvido. Sua voz estava trêmula, e eu podia sentir o alívio dela.

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