Meu namorado de 2 anos não queria se casar até que ele soube que eu estava herdando um apartamento de três quartos-então eu joguei junto

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**Patrick sempre me dizia que precisávamos de mais tempo antes de morarmos juntos. Mais tempo antes de ficarmos noivos. Mais tempo antes de assumir qualquer compromisso de verdade. Mas no segundo em que herdei um apartamento quitado? Ele não podia esperar nem mais um segundo. E foi aí que eu soube—eu nunca fui a primeira escolha dele.**

Durante anos, assisti minhas amigas se apaixonarem, ficarem noivas e começarem suas vidas com parceiros que as adoravam. Enquanto isso, eu era sempre a vela, a que tirava fotos fofas de casal, a que brincava dizendo que provavelmente viraria uma “louca dos gatos”—mesmo sem ter nenhum gato.

Então, quando o Patrick me notou em um bar dois anos atrás, pensei: finalmente. Minha vez.

Ele tinha aquele charme natural, e quando me olhou como se eu fosse a pessoa mais interessante do lugar, eu caí. Feio.

Durante dois anos, ignorei as pequenas coisas. O jeito como ele nunca realmente dava nada—nem presentes, nem tempo, nem esforço. O fato de ainda morar com a mãe e não ter planos de mudar isso. O jeito como desviava de qualquer conversa sobre morar juntos ou casar.

“Não nos conhecemos bem o suficiente ainda,” ele sempre dizia, geralmente enquanto mexia no celular.

Dois anos juntos. E ainda assim, ele não tinha certeza.

Engoli a dor e me convenci de que amor era paciência, e que o compromisso viria com o tempo.

Mas então algo aconteceu.

E tudo mudou.

No mês passado, minha tia faleceu. Foi repentino, inesperado. Ela era a irmã mais velha da minha mãe, aquela que sempre lembrava do meu aniversário, que me mandava caixinhas com mimos mesmo depois de adulta. Perdê-la foi como perder um pedaço do meu lar.

E então veio o choque.

Ela não tinha filhos, nem cônjuge, e deixou o apartamento de três quartos inteiramente para mim.

Foi agridoce. Eu daria qualquer coisa para tê-la de volta. Mas aquilo? Aquela herança mudava tudo. Sem mais aluguel. Sem mais estresse com custos. Um lar que era meu.

Naturalmente, contei a novidade ao Patrick.

E adivinha?

Naquela mesma noite, ele apareceu na minha porta com flores (as primeiras que me deu), uma garrafa de vinho (barato, mas ainda assim), e o mais chocante de tudo—um anel.

Abri a porta e lá estava ele, parado desajeitado no meu tapete de boas-vindas, segurando uma caixinha de veludo.

“Amor,” ele disse, com aquele sorriso fácil. “Não pude esperar mais. Quer casar comigo?”

Fiquei olhando, sem saber como reagir.

Duas semanas antes, eu havia comentado casualmente sobre noivado. A resposta dele?

“Amor, anéis estão absurdamente caros agora. Vamos com calma.”

Mas agora? Agora ele estava pronto?

Engoli o nó na garganta e fiz minha melhor cara de surpresa. “Patrick… eu—eu não sei o que dizer.”

“Diz sim,” ele insistiu, os olhos brilhando. “Estamos juntos há dois anos, amor. Já é hora. Vamos construir nosso futuro juntos.”

Construir. Claro. Porque agora eu tinha algo que valia a pena construir dentro. Eu deveria ter jogado o anel de volta nele. Deveria tê-lo desmascarado.

Mas em vez disso? Forcei o maior, mais exagerado sorriso que consegui. Daqueles que fariam qualquer um acreditar que eu era a mulher mais feliz do mundo.

“Sim! Eu quero casar com você!” eu disse, ofegante.

Patrick deu uma risadinha aliviada, deslizando o anel barato no meu dedo como se tivesse acabado de ganhar na loteria. E, de certo modo, foi o que ele pensou.

Ele me abraçou forte, um pouco forte demais. “Você não vai se arrepender, amor,” murmurou no meu cabelo. “Vamos ser muito felizes.”

Quase ri. Em vez disso, me afastei, levantando um dedo entre nós dois.

“Mas—”

O rosto dele ficou tenso. “Mas…?”

Inclinei a cabeça, dando meu melhor olhar doce, mas sério. “Tenho uma condição.”

Os ombros dele relaxaram. “Ah, amor, seja o que for, está feito.”

Respirei fundo, então soltei a bomba.

“De agora em diante, você vai seguir uma regra minha.” Fiz uma pausa, esperando ele se inclinar de curiosidade. “Você nunca vai entrar no apartamento antes de mim. Nunca. Sem exceções.”

O sorriso dele vacilou por um segundo.

Ele franziu a testa. “Uh… como assim?” Deu uma risadinha nervosa, como se eu tivesse pedido pra ele largar videogame pra sempre. “Por quê?”

“É uma coisa pessoal,” disse calmamente. “Se vamos nos casar, você precisa respeitar isso.”

Patrick hesitou, abrindo e fechando a boca como se procurasse o argumento certo. Mas achando que já tinha ganho o prêmio máximo—uma vida sem aluguel—ele deu um sorrisinho e assentiu.

“Claro, amor. O que você quiser.”

Durante semanas, Patrick virou o noivo perfeito.

Começou a me chamar de “rainha”, o que foi engraçado, considerando que antes eu era só “amor”—ou pior, “mano” quando ele se distraía.

Cozinhou para mim pela primeira vez. Quer dizer, se ferver macarrão e jogar molho pronto por cima contar como “cozinhar.” Mas eu sorri e agradeci como se fosse um chef cinco estrelas.

Começou a mencionar nosso futuro no apartamento.

“Amor, pensei em comprarmos uma TV enorme pra sala.” Ou, “Vi uma cadeira gamer em promoção. Ia ficar demais no nosso escritório.”

Ele estava escorregando, ficando confortável demais. Confiante demais. Mas eu não caí. Porque por trás daquele sorrisinho doce? Eu sabia que ele estava esperando.

Esperando o dia em que o apartamento seria oficialmente meu.

E claro? Esse dia chegou.

O apartamento estava finalmente no meu nome. Mas não contei ao Patrick de imediato. Até que um dia, saí mais cedo do trabalho e fui pra casa de surpresa.

E adivinha o que encontrei?

Patrick. Dentro do apartamento. Com a mãe dele. Medindo a sala.

Fiquei parada na porta, congelada, segurando a bolsa com força.

A mãe dele—que nunca deu a mínima pro nosso relacionamento, que mal reconhecia minha existência—agora gesticulava para as janelas.

“Acho que cortinas leves iluminariam o ambiente,” ela comentou.

Patrick, pego no flagra, se virou, “Oh! Amor! Chegou cedo!” ele disse, derrubando a trena como se queimasse.

Coloquei minha bolsa no chão, cruzei os braços e ergui a sobrancelha. “É,” respondi fria, lançando um olhar sobre eles. “E vejo que você quebrou a única regra que te dei.”

Silêncio.

Patrick engoliu seco. “Amor, eu—”

Mas antes que ele pudesse inventar uma desculpa, a mãe dele—abençoado seja seu coração mimado—resmungou e fez um gesto desdenhoso.

“Querida, agora que Patrick é seu noivo, esta também é a casa dele!”

E foi aí que perdi tudo.

Caí na risada. Na cara deles.

Patrick se encolheu, e a boca da mãe dele virou uma linha apertada e julgadora. O clima ficou denso.

“Ah, vocês realmente achavam que íamos nos casar?” perguntei, balançando a cabeça e enxugando uma lágrima imaginária. “Que fofo.”

Os olhos de Patrick se arregalaram, horrorizados. “O-o quê? Amor, claro que—”

“Não, não, não,” interrompi, erguendo a mão. “Deixa eu deixar claro: eu sabia por que você pediu em casamento. Você nunca me quis—você queria o apartamento.”

A mãe dele soltou um suspiro escandalizado, levando a mão ao peito como se eu a tivesse esbofeteado. “Como se atreve a acusar meu filho—”

“Não, como *vocês* se atrevem a planejar mudar pra *minha* casa enquanto eu estava no trabalho!” rebati, minha voz cortando o ar como um chicote.

Patrick começou a suar, levantando as mãos como se pudesse acalmar a situação. “Amor, por favor, eu só—”

“Chega. Apenas para.”

O rosto dele se contorceu entre raiva e pânico, e dava pra ver que a máscara estava caindo.

Mas eu ainda não tinha terminado.

“Vamos falar do que realmente está acontecendo aqui, Patrick,” falei, cruzando os braços. “Você não estava pronto pra casar por dois anos. Mas no segundo em que herdo um apartamento quitado? Você aparece ajoelhado?”

Patrick piscava rápido, tentando inventar uma desculpa. “Não é isso—eu só percebi o quanto te amo, amor!”

Soltei uma risada seca. “Ah, é? E quando exatamente você percebeu isso? Antes ou depois de você e sua mamãe começarem a planejar onde os móveis dela iam ficar?”

A mãe dele bufou, avançando como uma rainha ofendida. “Senhorita, você está sendo muito ingrata. Meu filho está te dando o sobrenome dele, e você o trata como um aproveitador!”

Silêncio.

Então, Patrick explodiu.

“CHEGA! Quer saber a verdade?” Ele levantou as mãos. “É! Eu não queria casar antes porque, sinceramente, você não é o tipo de mulher por quem os homens lutam!”

*Uff.*

Mas ele não parou por aí.

“Você devia agradecer que alguém como eu te deu uma chance! Você não ia conseguir coisa melhor, Janet!”

Respirei fundo. “Você tem razão, Patrick. Talvez eu não consiga coisa melhor.”

O rosto dele se iluminou, achando que eu estava cedendo. A mãe dele sorriu, crente de que tinham vencido.

Então, abri minha bolsa, tirei uma pilha de papéis organizados e joguei no balcão da cozinha.

“Ainda bem que não vou precisar descobrir,” falei com naturalidade. “Porque, desde esta manhã, vendi o apartamento.”

O queixo de Patrick caiu.

“VOCÊ O QUÊ?!” ele gritou, correndo até os papéis como se pudesse desfazer tudo.

“Você ouviu,” sorri. “Assinei os papéis hoje de manhã. O dinheiro já está na minha conta.”

Patrick empalideceu. Pela primeira vez desde que o conheci, ele ficou sem palavras.

“Você—você tá mentindo,” sussurrou.

Dei de ombros. “Liga pra corretora. Pergunta.”

Ele recuou, os olhos correndo até a mãe, que agarrou seu braço em pânico.

“Mãe, o que a gente faz?!”

E aí? Foi a pá de cal.

Peguei minha bolsa, fui até a porta e me virei.

“Você tem razão, Patrick. Eu não ia conseguir coisa melhor. Mas, por sorte…”

Dei o sorriso mais brilhante e satisfeito da minha vida.

“Já consegui.”

Então, apontei pra porta.

“Agora, cai fora da minha casa.”

O apartamento foi vendido mais rápido do que eu esperava. Em uma semana, papéis assinados, dinheiro na conta e eu fora dali. Mudei pra outra cidade, aluguei um cantinho só meu, do meu jeito. Sem parasitas. Sem namorados manipuladores. Só eu, vivendo como mereço.

Patrick, claro, surtou.

Ligou sem parar, implorando pra “consertar as coisas.” Jurou que “nunca quis me machucar” e que podíamos “começar de novo.”

Bloqueado.

A mãe dele deixou uma mensagem de três minutos me chamando de “bruxinha sem coração” por “arruinar o futuro do filho.”

Também bloqueada.

Um amigo em comum depois me contou que Patrick não tinha economias, nenhum plano B e—grande surpresa—ainda mora com a mãe.

E eu?

Tava no meu novo apê, tomando vinho na varanda, mais feliz do que jamais fui.

**Pela primeira vez na vida, eu…** «Eu não estava me conformando.»

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