Quando Thomas, um rico dono de restaurante, percebe uma jovem lavadora de pratos frequentando com frequência o vestiário, ele suspeita que ela esteja roubando. Ele a envergonha na frente de todos e pega sua bolsa para verificar — apenas para se arrepender ao ver o que há dentro.
Thomas era um viúvo rico de pouco mais de 50 anos que se considerava esperto e charmoso. Ele desprezava quem o chamava de «careca» e «barrigudo» pelas costas.
Thomas achava que podia facilmente conquistar qualquer mulher jovem e bonita. Ele nunca se cansava de flertar — não que fosse um galanteador em tempo integral, mas nunca perdia a chance quando via mulheres lindas.
Para Thomas, idade era só um número, e isso não o impedia de lançar suas cantadas e olhares insinuantes para as mulheres, incluindo as garçonetes e lavadoras de pratos que trabalhavam em seu restaurante. Entre elas estava Giselle, de 20 anos.
Giselle era relativamente nova no restaurante. Trabalhava como lavadora de pratos há um mês. Era uma jovem viúva pobre que havia perdido recentemente seu marido, o amor de sua vida, Mason. Lutando para sobreviver após a tragédia, viu um letreiro de “Estamos contratando” na frente do restaurante de Thomas. Candidatou-se à vaga de lavadora de pratos e começou a trabalhar imediatamente, com dedicação e empenho.
Thomas correu até ela e arrancou a bolsa de sua mão. Estava mais pesada do que ele imaginava, e ele não fazia ideia do que havia dentro.
Seus colegas a haviam alertado sobre o comportamento do chefe com as funcionárias. “Aquele homem gosta de flertar e até já convidou algumas para sair. Ele acha que o dinheiro compra tudo”, comentou uma delas.
Giselle ignorou. Estava focada em manter o emprego a qualquer custo. “Eu sei os meus limites!”, respondeu com confiança.
Mas um dia, ela conheceu o lado feio de seu chefe.
“Você faz ideia do porquê eu te contratei, senhorita Giselle?” Thomas a bloqueou quando ela estava saindo ao fim do turno. Ele pegou uma rosa vermelha de uma mesa próxima.
“Não, senhor. Com licença, eu preciso ir para casa logo.”
“Não me chame de senhor, senhorita Giselle. Me chame de Tom!”
Giselle se sentiu impotente e encurralada, pois era a última a sair do restaurante. Havia tido muitos pratos para lavar naquele dia.
“Está ficando tarde… eu preciso ir. Tenha um bom dia, senhor!”
Mas Thomas não recuava. “Fiquei cego pela sua beleza no primeiro dia em que te vi,” disse de forma melosa. “Eu poderia elogiar seu sorriso lindo o dia todo! O que acha? Podemos ir a um resort, tomar muitos drinks, fazer compras… o que quiser… Hmmm?!”
Irritada, Giselle empurrou Thomas suavemente para sair do caminho e saiu apressada, dizendo: “Estou aqui para trabalhar, senhor. Não estou aqui por nada além do meu emprego. E eu respeito o meu local de trabalho. Obrigada, mas eu não sou o tipo de mulher que o senhor está procurando. Tenha um bom dia!”
Thomas ficou furioso. Seu ego foi ferido. “Ela é, afinal, apenas uma lavadora de pratos… Como ousa recusar minha oferta? Espere só até eu mostrar do que sou capaz.”
Os dias se passaram, mas Thomas ainda não havia superado o que aconteceu. Não aceitava a rejeição. Continuou procurando uma forma de humilhar Giselle.
Um dia, viu ela chegando ao trabalho com uma bolsa grande e entrando no vestiário. Um plano perverso surgiu na mente de Thomas, e ele observou pelos dias seguintes, confirmando que Giselle levava aquela bolsa todos os dias.
Ele a vigiava com frequência e percebeu que ela ia ao vestiário várias vezes durante o turno. Suas suspeitas aumentaram, e ele esperou até uma tarde movimentada no restaurante para atacá-la.
“Tenham um bom dia! Preciso ir ao mercado. Tirei meio turno de folga,” disse Giselle aos colegas.
Quando estava prestes a sair, Thomas gritou: “Espere aí, senhorita Giselle! O que tem na sua bolsa hoje? Você está ROUBANDO sobras e detergente? Está DEMITIDA!”
Giselle ficou paralisada. Virou-se suando de medo. Os clientes a encararam e começaram a cochichar. Seus colegas se juntaram atrás de Thomas, igualmente chocados.
“Eu sei que você está roubando. Vi você indo ao vestiário pelo menos três vezes no seu turno. Venha aqui, me dê sua bolsa. Vamos ver o que tem dentro.”
Giselle ficou apavorada. Queria correr. “Não tem nada, senhor. Só tem minha marmita e uma muda de roupa.”
Mas Thomas correu até ela e arrancou a bolsa de sua mão. Estava mais pesada do que ele imaginava.
Alguns clientes e funcionários curiosos se aproximaram enquanto Thomas colocava a bolsa sobre uma mesa e tirava dela um pequeno cobertor. “Meu Deus! O que é isso?!” exclamou, enquanto os outros olhavam boquiabertos.
“Mawww… Mawww… Mawww.” Um bebê recém-nascido se contorcia dentro da bolsa, encarando Thomas com grandes olhos castanhos. Ele ficou atônito.
“Senhor, eu posso explicar,” começou Giselle…
“Meu marido morreu há alguns meses, quando eu ainda estava grávida. Depois que minha bebê nasceu, não consegui trabalho e não tinha ninguém para cuidar dela quando comecei aqui. Não podia deixá-la sozinha em casa, então escondi ela na bolsa e a trouxe comigo. Ia ao vestiário para amamentá-la e garantir que ela ficasse quietinha. Eu só estava protegendo minha filha. Não sou ladra. Nunca peguei nem uma migalha daqui.”
Thomas se comoveu até as lágrimas ao ver o bebê, que o fez lembrar da filha que ele perdeu no passado. Naquele dia, chorou feito criança na frente de todos, revelando um lado seu que ninguém conhecia. Juntando as mãos em sinal de desculpa, ele pediu perdão a Giselle.
“Desculpe, senhorita Giselle. Perdi minha esposa e filha num acidente há muitos anos. Permaneci solteiro desde então porque tinha medo de perder pessoas queridas novamente. Nunca encontrei um amor verdadeiro depois disso. Minha solidão me transformou num monstro. Não sou ruim de coração, só vivi acreditando que o dinheiro podia comprar tudo — até o amor. Eu estava errado.”
Giselle ficou com os olhos marejados ao ouvir a história de Thomas. “Sinto muito pelo que o senhor passou ao perder sua família. Fico feliz que tenha percebido seu erro, ao menos agora.”
Thomas devolveu a bolsa com o bebê para Giselle. “Você pode voltar ao trabalho depois de um mês. Estou te dando uma licença remunerada para que passe tempo com sua filha.”
Giselle sorriu e deixou o restaurante com sua bebê.
Thomas decidiu dobrar o salário de Giselle quando ela voltasse ao trabalho, para que ela pudesse contratar uma babá que cuidasse da filha enquanto estivesse fora. Mas será que ele parou de flertar depois disso?
Como era de se esperar, certos hábitos custam a morrer — e isso era verdade no caso de Thomas! Embora tenha parado de flertar com suas funcionárias, ainda não deixou de tentar conquistar outras mulheres por aí. Só o tempo dirá se Thomas conseguirá encontrar o verdadeiro amor novamente. Mas todos — incluindo Giselle — ficaram felizes por ele finalmente ter entendido que o dinheiro não é tudo.