«Por Favor, Senhor… Posso Limpar A Sua Casa Para Um Prato De Comida?»A Menina Sem-Teto Sussurrou Para O Bilionário—E O Final Vai Derreter Seu Coração

Histórias interessantes

A voz pequena e trêmula vinha do alto portão de ferro da propriedade Beaumont, em San Diego. Uma menina magra e descalça estava debaixo das luzes da varanda, sua sombra se estendendo pelos degraus de mármore. Seu cabelo embaraçado e o vestido rasgado contavam uma história de sofrimento, mas seus olhos — firmes e solenes — carregavam uma força silenciosa que parecia madura demais para a sua idade.

Lá dentro, Edward Beaumont, um magnata imobiliário de 46 anos, acabava de voltar de uma gala que celebrava filantropia e sucesso. A ironia não lhe passou despercebida. Passara a noite entre pessoas que se aplaudiam mutuamente por suas “boas ações”, e agora ali estava ele — hesitando diante de uma criança faminta.

— Você quer trabalhar por comida? — perguntou, sua incredulidade suavizando-se em curiosidade.

A menina assentiu rapidamente.
— Sim, senhor. Posso varrer, lavar, polir — qualquer coisa. Só preciso de comida para meus irmãozinhos.

Seu tom era educado, quase formal, embora suas mãos trêmulas traíssem o cansaço. Havia algo em sua dignidade em meio ao desespero que perturbou Edward de um modo que ele não esperava. Ele fez um gesto para o segurança.
— Abra o portão — disse calmamente.

Quando o portão rangeu ao se abrir, ele perguntou:
— Qual é o seu nome?
— Arden — respondeu ela suavemente.

Ela se movia como alguém acostumado a fazer muito com quase nada. Em menos de uma hora, o saguão brilhava. A governanta observava em silêncio enquanto Arden limpava cuidadosamente cada ladrilho, recusando-se a parar até que tudo estivesse reluzente.

Quando o chef colocou um prato de massa e legumes assados sobre a mesa, Arden olhou para ele com desejo, mas hesitou.
— Por favor, posso levar isto para casa? Meus irmãos estão esperando.

Suas palavras silenciaram a sala. Edward a observou por um momento antes de responder:
— Você pode comer aqui. Mandarei comida para eles.

As lágrimas encheram seus olhos, embora ela as piscasse rapidamente.
— Obrigada, senhor.

Enquanto ela comia, os funcionários empacotavam silenciosamente caixas de comida para seus irmãos. Quando ela saiu naquela noite, carregando-as nos braços, Edward ficou junto à janela observando-a desaparecer pela rua silenciosa. A imagem permaneceu em sua mente muito tempo depois de as luzes se apagarem.

Na manhã seguinte, ele disse ao seu assistente:
— Encontre aquela menina.

Três dias depois, encontraram-na. Arden estava em uma estação de trem abandonada, no lado leste da cidade, encolhida sob um cobertor fino com dois meninos pequenos. Quando Edward se aproximou, ela o olhou incrédula.
— Você voltou — sussurrou.
— Sim — respondeu ele gentilmente. — E trouxe café da manhã.

Com copos de papel cheios de chocolate quente e panquecas, ela contou sua história. A mãe havia morrido no ano anterior. O pai desaparecera meses depois. Desde então, Arden mantinha os irmãos vivos limpando lojas, recolhendo garrafas e dormindo onde encontrassem abrigo.

— Por que não pediu ajuda? — perguntou Edward em voz baixa.
— Pedi — respondeu ela, olhando para o chão. — Mas ninguém ouve quando você parece conosco.

Essas palavras o atingiram mais fundo do que ele esperava. Ele havia doado milhões a instituições de caridade, mas percebeu que nunca realmente vira as pessoas que acreditava estar ajudando.

Naquele mesmo dia, ele providenciou moradia temporária para os três. Matriculou os meninos na escola, conseguiu uma tutora para Arden e começou a visitá-los com frequência. Mas não contou a ninguém. Não havia câmeras, nem anúncios. Aquilo não tinha nada a ver com publicidade — era algo dentro dele que finalmente havia despertado.

Semanas se passaram, e Arden começou a florescer. Na escola, demonstrava um talento notável para as ciências. Seus irmãos ficaram mais fortes, riam mais alto e dormiam tranquilamente pela primeira vez em meses.

Certa tarde, Arden entregou a Edward um pequeno pedaço de papel.
— Fiz isto para você.

Era um desenho de giz de cera de uma casa grande cercada de flores. Três bonequinhos de palito estavam ao lado de um homem de terno. Na parte inferior, em letras tortas, estava escrito: *Obrigada por nos ver.*

Edward dobrou o desenho com cuidado.
— Você não precisava me agradecer — disse suavemente.
Ela sorriu timidamente.
— Você nos viu quando ninguém mais viu.

Meses se transformaram em um ano. O que começou como um ato de caridade havia se transformado em algo muito maior.

Visited 787 times, 3 visit(s) today
Rate the article
( 2 оценки, среднее 5 из 5 )